O ex-padre católico Casimiro Congo, que formou a sua própria igreja em Cabinda, lançou um forte ataque verbal contra a Igreja Católica acusando-a de ser “uma autêntica vergonha”.
A igreja formada pelo Padre Casimiro Congo foi recentemente encerada pelas autoridades que alegam que este não cumpriu os preceitos da lei para a sua legalização.
“A Igreja Católica Romana já deu o que tinha a dar, não tem a liberdade de conduzir e dar vida aos filhos de Deus em Cabinda, a minha igreja representa neste momento, liturgicamente, biblicamente, a grande forca, não a única mas uma das grandes forcas vivas de Cabinda e neste momento há tantos católicos a abandonar a igreja para virem para a minha, mesmo perseguidos”, relata o Padre Congo em declarações à Voz da América.
Casimiro Congo dá como exemplo da colaboração que diz existir entre o Estado angolano e a hierarquia católica, e fala de um recente incidente em Subantando onde os crentes locais “revoltaram-se e fecharam a igreja”.
O bispo teria tentado resolver o problema mas face à sua incapacidade foi a administração municipal que interveio, algo que o Padre Congo diz não se justificar porque o Governo “se diz laico”.
O Executivo interveio neste caso, acrescentou, “porque o Governo confia na Igreja Católica Romana como seu braço direito, na destruição de muitas coisas como a língua que está a ser destruída pela Igreja Católica”.
“Eu não sou contra por amor de Deus, eu amo profundamente a igreja, só que ela não está a ser a igreja que eu pensava”, disse o Padre Congo, para concluir: “Em Cabinda é uma autentica vergonha”.