A direcção político-militar da FLEC/FAC denuncia o que diz ser um “comportamento irresponsável e inaceitável do Governo angolano” e “condena firmemente as declarações do ministro da Defesa angolano, João Gonçalves Lourenço, após a sua visita a Cabinda”.
A FLEC/FAC “desmente formalmente as declarações de João Gonçalves Lourenço quando este acusa as Forças Armadas de Cabinda de utilizarem as fronteiras dos dois Congos como suposta base à rectaguarda. Reafirmamos que nenhum elemento ou soldado das Forças Armadas de Cabinda (FAC) estão nos Congos”, afirmou Jean Claude Nzita ao Folha 8 acrescentando que “o Governo angolano desde sempre optou pela mentira a fim manietar a imprensa e esconder a verdade sobre o que se passa realmente em Cabinda”.
“A FLEC/FAC tem a comunidade internacional como testemunha do seu empenho e vontade para a abertura de um processo de diálogo com o Governo angolano. Todos os nossos pedidos têm sido rejeitados pelos dirigentes angolanos que preferem continuar a enviar para Cabinda contingentes militares que têm como único objectivo prosseguir com a opressão, massacrar sem piedade a população de Cabinda e incendiar as aldeias. O Governo de Angola recusa negociar porque encara qualquer processo negocial como um sinal de fraqueza”, acrescenta o dirigente da FLEC/FAC.
Neste contexto, reafirma “uma vez mais junto da opinião pública em geral e da comunidade internacional o nosso apego ao espírito de diálogo. Continuamos a acreditar que apenas uma solução negociada através do diálogo pode pôr fim à guerra em Cabinda e contribuir para uma paz global e definitiva”.
Jean Claude Nzita diz que a “FLEC/FAC, como único e legítimo representante do povo de Cabinda, pede aos decisores internacionais, e particularmente ao presidente americano Barack Obama, que roguem ao Governo angolano de aceitar estabelecer negociações francas e transparentes, sob supervisão internacional, para a busca de uma solução definitiva para o conflito do Governo angolano contra o povo de Cabinda.”