Brasil. Quando faltam apurar menos de 3% dos votos, Dilma conseguiu 51, 38 % contra 48,62 de Aécio Neves 48, 62 %.
Os brasileiros reelegeram Dilma Rousseff (PT) presidente da República. Com 98,92% das urnas apuradas Dilma já conquistou 53.830.577 dos votos. O seu adversário Aécio Neves (PSDB) somou 50.606.537 votos. A candidata conta com 51,54% dos votos válidos, contra 48,46% do adversário.
Com esta reeleição de Dilma, o Partido dos Trabalhadores poderá chegar a 16 anos de poder no cargo máximo do país — dois mandatos de Lula e, agora, dois de Dilma.
Para conquistar um segundo mandato, a presidente convenceu a população de que sua reeleição significaria, de facto, o início de um novo ciclo de mudanças para o país. Ao lado de PMDB, PSD, PP, PR, PROS, PDT, PC do B e PRBO, Dilma integrou a coligação Com a Força do Povo. O slogan “governo novo, ideias novas” emplacou:
— Fizemos muito, mas precisamos fazer muito mais, porque as necessidades do povo ainda são grandes. O povo quer mais e melhor, e nós também — disse Dilma, em Junho, durante a convenção do PT que lançou sua candidatura e apontou para o tom que a campanha ganharia.
Dilma é a terceira presidente da República a ser reeleita — antes dela, Fernando Henrique Cardoso e Lula haviam cumprido dois mandatos. Nona mineira a comandar país, ela agora pode ultrapassar Juscelino Kubitschek e tornar-se a presidente nascida naquele Estado com mais tempo no governo do Brasil — Kubitschek ficou quatro anos e 355 dias no poder.
Ao assumir seu segundo mandato, Dilma será a sexta presidente mais velha da história do Brasil. Com 67 anos completados em 14 de Dezembro, a presidente fica atrás apenas de Nereu Ramos, Costa e Silva, Getúlio Vargas (que tinha 68 anos e nove meses no seu último mandato), Rodrigues Alves (quinto presidente da história do Brasil) e Tancredo Neves (que morreu antes da assumir, mas teria 75 anos no dia em que tomaria posse).
O jornal «O Globo» escreve que a reeleição de Dilma Rousseff é a “eleição mais acirrada da história da redemocratização do Brasil”. Exemplos: os ex-presidentes Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva e a própria Dilma Rousseff nunca tinham vencido os seus adversários com uma margem tão pequena. De acordo com o jornal, a diferença mais pequena entre um vencedor e um derrotado presidencial apenas foi registada no sufrágio de 1989, entre Collor e Lula. Collor venceu com 42,75% dos votos contra os 37,86% do candidato do PT.
F8 com Zero Hora