“O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA saúda o povo angolano de Cabinda ao Cunene e do Lobito ao Luau pela comemoração do 39º aniversário da Independência nominal de Angola.
O 11 de Novembro de 1975 constitui um marco histórico no longo processo de luta dos povos de Angola para a sua afirmação representando, desta forma, o culminar dos esforços multifacetados para inserção de Angola no contexto das nações soberanas.
Os angolanos que tomaram parte na epopeia que conduziu o país ao 11 de Novembro de 1975, filiados na Frente Nacional de Libertação de Angola – FNLA, no Movimento Popular de Libertação de Angola – MPLA e na União Nacional para a Independência Total de Angola – UNITA, procuraram a criação de uma nação em que todos encontrassem a sua liberdade, dignidade e plenitude dos seus direitos cívicos e políticos e a existência de um Estado Democrático e de Direito.
O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA constata que não obstante o discurso político oficial, o país continua a viver o espectro da exclusão. A maioria dos angolanos não gozam ainda dos seus direitos políticos, sociais e económicos.
Volvidos 39 anos de independência, a pobreza extrema, a corrupção, a injustiça social, as assimetrias regionais, a falta de água potável e de energia eléctrica, a inexistência de um sistema de educação e de saúde eficazes, constituem a realidade actual da maioria dos angolanos.
Por ocasião do 39º aniversário da Independência nominal de Angola, o Comité Permanente da Comissão Política da UNITA convida os angolanos a reflectirem profundamente sobre o rumo que o país tem conhecido sob a direcção política do actual regime no poder.
O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA entende que a independência não se deve resumir à presença, no palácio, de um presidente, de uma bandeira ou de um hino nacional. A Independência de um país e do seu povo encerra um significado muito mais profundo e amplo com reflexos presentes no quotidiano das pessoas e na melhoria tangível das suas condições de vida.
O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA exprime a sua determinação de continuar a trabalhar em conjugação com todas a forças vivas para que Angola se torne naquele país com que todos sonhamos, sendo imperativo que os angolanos se unam em torno do movimento para a mudança.
O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA apela ao Executivo actual a empenhar-se verdadeiramente na resolução dos problemas básicos que assolam os angolanos e a olhar para todos como filhos legítimos da mesma pátria como consagrado na Constituição.
A UNITA entende que a resolução dos problemas básicos que assolam as populações exige a institucionalização do Poder Local, respeitando, assim, a vontade expressa dos cidadãos, fazendo com que Angola deixe de ser o único país da região que continua a não realizar as autarquias.
É convicção da UNITA que um país independente não pratica actos de intolerância política sobre uma parte dos seus cidadãos, e apela veementemente ao Presidente da República para que finalmente se envolva na solução destes actos de violência que tiram a paz a demasiadas famílias angolanas.
Por ocasião da comemoração do 39º aniversário da Independência nominal, o Comité Permanente da Comissão Política da UNITA reafirma a sua firme e inabalável determinação de trabalhar com todas a forças vivas de Angola na preservação da paz, promoção da verdadeira reconciliação nacional, condições necessárias para a estabilidade do país e desenvolvimento social e económico sustentáveis.”
De facto existem ainda muitas dificuldades no quotidiano dos cidadãos volvidos que são 39 anos da libertação do colonialismo português acrescido da exclusão social, política e a intolerância política que se vive um pouco pelo pais fora, no entanto continuo todavia em não perceber que passado mais de 39 anos anos as autoridades angolanas no poder em Angola, os partidos políticos tradicionais que lutaram pela independência de Angola ” FNLA, MPLA e UNITA” assim como a potência colonial ” PORTUGAL” insistem em excluir e não reconhecer a FLEC como representante legítimo do povo de Cabinda , o mais grave é que tanto a UNITA como todos os partidos políticos angolanos olham para Cabinda e não vêem nada , dando a entender que há um convênio angolano no sentido de silenciar a história , tradições , costumes e passado recente do povo de Cabinda; não é justo clamar por uma verdadeira independência , liberdade, justiça e Paz quando também mantivemos oprimido e subjugado os anseios mais nobre de um povo ( o povo de Cabinda) ” Moralistas sem Moral!”