Os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tome e Príncipe (CEAST) auguram que a eleição de Angola para membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU seja uma oportunidade para o país se assumir como um grande defensor da cultura da justiça e da paz no mundo.
No comunicado do encontro, os bispos saúdam a eleição e anseiam que o país se manifeste sempre como adepto da reconciliação, do diálogo, da democracia, do direito e da tolerância em África e no mundo.
Eventualmente poderiam ter feito também uma alusão ao próprio país. Como diz o Papa Francisco, a Igreja Católica deve ser a primeira a dar o exemplo da verdade. E esta implicaria que os bispos não se esquecessem do que se passa em Angola.
Ouvidos os relatórios das Dioceses, os bispos congratulam-se também com o Censo Geral da população e Habitação, considerando que o mesmo ajudará para uma melhor planificação dos bens e serviços para os angolanos.
“Outra grande preocupação que emergiu dos relatórios tem a ver com o elevado índice de acidentes nas estradas de Angola, por imprudência, má condução, consumo excessivo de álcool e desrespeito ao código de estrada”, lê-se.
Os prelados manifestam preocupação quanto à intenção de se harmonizar a ortografia das línguas bantu faladas em Angola, sem se ter em conta a fonologia de cada grupo linguístico.
Nesta senda, recomendam que haja maior profundidade e abertura na análise deste caso, respeitando as características típicas de cada língua, enquanto veículo da identidade cultural de cada povo.
Os bispos solidarizam-se com os países atingidos pela praga do Ébola e apelam a todos os Estados do mundo, um maior envolvimento no combate a este mal.