EGOSISMO – Novo Livro de Orlando Castro

Egosismo o ultimo livro de Orlando CastroAí está o novo livro de Orlando Castro – EGOSISMO
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Quando 1975 chegava ao fim, Orlando Castro (como muitos milhares de cidadãos) tinha duas opções: ficar e morrer ou fugir para viver. No último dia na sua cidade (Nova Lisboa), chegou ao aeroporto, fumou o último cigarro (AC) e ouviu a última canção que estava, na altura, a ser passada no Rádio Clube do Huambo. A canção era, recorda, “If you need me”, dos After All, com a inesquecível voz de Gerrit Trip.

Entrou no avião rumo a Lisboa, olhou pela última vez para a sua cidade e não teve vergonha de esconder os olhos que se suicidavam num abismo de lágrimas. Logo aí começou, numa espécie de diário em forma de verso, a registar a alma que fecundava a dor, tanta dor. Parte dessa dor é visível neste livro. Serão com certeza muitos os que farão um regresso ao passado, lendo e sentido esta vida que, quase meio século depois, continua a tentar (com pouco êxito) dobrar as esquinas.

Sobre o autor, José Filipe Rodrigues (poeta e contista natural do Huambo e residente nos Estados Unidos) que foi seu amigo e colega de muitas coisas, entre as quais as aulas no Liceu Nacional General Norton de Matos (Nova Lisboa), diz:

«Enquanto nos iniciávamos nas artes literárias, no jornal “A Voz dos Mais Novos” do liceu de Nova Lisboa (Huambo), já o Orlando escrevia num jornal de distribuição por toda a Angola. Foram os primeiros passos do Orlando numa avenida que iria desaguar numa carreira de jornalista.

O Orlando era o poeta que as raparigas do liceu olhavam com admiração e os “cabeças de maboque” não entendiam. Ele era o sakanjuer que com o seu canto ajudava a acordar o amanhecer nos nossos dias de adolescência.

Essa descoberta para o uso das palavras, nas emoções e no combate às injustiças sociais, foi em grande medida catalisada por três professores do liceu no Huambo, que hoje em dia continuam a ser o nosso farol das marés em que navegamos.

De exigência e competência elevadas, as irmãs professoras Dárida e Dorinda Agualusa e o professor José Fernandes Duarte (o “pelinha” ou o “pele vermelha” como o alcunhámos) desafiavam os alunos a conduzirem as suas naves muito para “além das anharas do planalto central, das águas do nosso mar, das praias do nosso rio Kurimahala” e a considerar cada chegada como o início de uma nova partida.»,

livro de Orlando Castro -ECOSISMOPor sua vez, Eugénio Costa Almeida (também angolano e Investigador académico, ensaísta, escritor e poeta) diz que: «Orlando Castro tenta nos caracterizar a sua poesia, principalmente aquela que vem do seu mais profundo sentimento de Angolanidade, como se de um moderno bardo se cuidasse que canta as profundas mágoas que se adivinhavam, à época, na História nacional.»

O seu primeiro livro de poesia, escrito e publicado na sua, então, Nova Lisboa – Huambo -, em 1975, intitulado “Algemas da Minha Traição” – que mereceu um louvor de um dos membros do então Colégio Presidencial do Governo de Transição, José Ndele, mostrava já o que Orlando Castro previa, como todos nós que amamos o nosso País o sentíamos: Angola tinha entrado num perigoso vórtice que iria mudar a vida de muitos.»

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