Dois dias de chuvas intensas em Luanda, dias 13 e 14 de Fevereiro, provocaram a morte de cinco pessoas e ferimentos em seis, informou hoje o Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB).
S egundo o porta-voz do SNPCB, Faustino Sebastião, a intervenção dos bombeiros salvou do afogamento cinco crianças, que se encontravam a brincar junto à vala do Kantintom, no distrito urbano da Maianga, em Luanda.
As chuvas registadas na última sexta-feira e sábado causaram ainda a queda de árvores, inundações em 289 residências e instituições públicas nos municípios de Cazenga, Viana, Belas, Cacuaco e nos distritos urbanos do Kilamba Kiaxi, Ingombota, Samba e Sambizanga, na capital angolana.
Em termos nacionais, na lista de ocorrências do SNPCB estão registados também o desabamento de 19 residências e uma igreja nos arredores do município de Saurimo, na província da Lunda Sul.
Recorde-se que mais de seis mil casas foram destruídas na última época das chuvas, entre 2013 e 2014, provocando a morte de 152 pessoas, de acordo com as conclusões de relatório divulgado em Luanda.
O documento, discutido na quarta sessão ordinária da comissão para a Política Social do Conselho de Ministros de Angola, identificou a destruição de 6.317 residências e 353 infra-estruturas públicas e privadas, afectando “mais de 70 mil pessoas em todo o pais”.
Com excepção da província de Namibe [sul de Angola], as restantes províncias registaram chuvas com danos materiais e humanos consideráveis.
O relatório de balanço da época das chuvas (2013-2014) analisou também a actuação das forças de socorro no terreno, tendo a comissão concluído pela necessidade de “intensificar” a sensibilização das populações para o desenvolvimento de uma “cultura de prevenção de riscos de desastres”.
Para “melhorar a gestão das calamidades” no país, a comissão defendeu o aumento da formação de agentes da protecção civil e a melhoria dos mecanismos de articulação institucional na prevenção e resposta aos desastres.