Os responsáveis do Hospital Geral dos Cajueiros, em Luanda, estão preocupados com os casos de malária recebidos naquela unidade, a uma média diária de 186, tendo o assunto sido analisado hoje durante uma reunião com as autoridades locais.
S egundo Armando João, director-geral do hospital, situado no município do Cazenga, arredores de Luanda, do total de casos de malária que aquela unidade recebe diariamente, 60 chegam já em estado grave.
Citado pela agência noticiosa angolana Angop, aquele responsável acrescentou que a doença afecta sobretudo crianças que residem em zonas críticas.
O excessivo número de casos está a congestionar a área de internamento, apesar de o Cazenga possuir o segundo serviço de pediatria da capital angolana.
O encontro entre a direcção do hospital e a administração municipal do Cazenga serviu para tentar encontrar soluções para aquela situação e para a distribuição de mosquiteiros no município, com acentuada densidade populacional: 23.306 habitantes por quilómetro quadrado.
A malária, doença endémica em Angola, continua a ser a principal causa de morte por doença e de absentismo laboral em todo o país.
As más condições do meio ambiente, que favorecem a reprodução do mosquito transmissor da doença, contribuem para o aumento do problema.