DITADURA ASSASSINA À LUZ DO DIA

O homem que esquece as origens não tem noção tridimensional das suas secundinas, ao confundir os valores tradicionais com os de um riacho artificial. A água natural dos rios tem memória. Nunca esquece o caminho original, mesmo quando se lhe erguem barragens.

Por William Tonet

Abomino a bajulação criminosa. A bajulação induzida. A bajulação traidora, principalmente dos pseudo-intelectuais, que pululam, criminosamente, na comunicação social pública como apologistas da morte.

Estes comentadores, sem higiene intelectual, envergam a partidocracia, nas suas análises, ao ligarem o cérebro ao intestino grosso, quando têm de abordar a fome, miséria, sevícias, desemprego e discriminação a que os autóctones estão votados, pelo sistema.

São defensores dos efeitos e traidores das causas, que deram origem ao caos, em defesa da vida.

Os come(m)tadores MENTEM despudoradamente.

Os governantes igualmente, tudo em nome de uma abjecta cartilha vermelha, que abomina a verdade!

Não houve vandalismo. Quem o diz é a Lei 13/24 de 29 de Agosto, apressadamente, elaborada e aprovada, pela bancada do MPLA, para intimidar a UNITA (oposição) e a Sociedade Civil apartidária, no art.º 1:”A presente Lei estabelece o regime jurídico-penal aplicável aos actos contra a segurança e a integridade dos bens e serviços públicos”.

O sublinhado é nosso, logo é do mais estranho analfabetismo político jurídico ouvir, ministros, deputados, governadores falar em vandalismo, quando 99% dos bens destruídos, roubados e furtados, são privados, com cobertura de seguros, logo sem enquadramento na Lei dos Crimes de Vandalismo contra os Bens Públicos.

Por excesso poder-se-á alocar ao conceito, 1,03% (insignificante), na al.ª c) do art.º 3.º da lei atrás citada:” «Destruição» – inutilização total ou parcial das componentes de um bem público ou de um serviço público”.

PAREM DE MENTIR, VERGONHOSAMENTE

Isso relativo ao autocarro da TCUL (empresa pública de transportes)…

Portanto sobre vandalismo, estamos entendidos. A lei afasta os bens privados e de privados.

O regime não conseguirá, tenta, transformar uma deslavada mentira em verdade…

O maior protesto espontâneo desde 1975, organizado pelo exército dos famintos e excluídos, teve e tem um culpado: o regime do MPLA! Logo, o Titular do Poder Executivo, não pode eximir-se de culpas. Atribuir “belicamente”, responsabilidades a terceiros é um acto vil e covarde.

É hora de se ter vergonha e pararem de continuar a MENTIR, quando a Constituição atípica, exclusivamente, por vós aprovada e o Código Penal, que dão substância justificativa-material aos protestos, vos desmente. Art.º 30.º (Direito à vida) CRA: “O Estado respeita e protege a vida da pessoa humana, que é inviolável”, conjugado com o art.º 21.º CRA, nas alíneas d): “Promover o bem-estar, a solidariedade social e a elevação da qualidade de vida do povo angolano, designadamente dos grupos populacionais mais desfavorecidos” e e) “Promover a erradicação da pobreza”.

Nenhum destes postulados o MPLA, os seus dirigentes, governantes e deputados têm cumprido.

E tem mais, a sacanagem de certos deputados, coadjuvada por governantes, parece não ter limites, pois em nenhum momento reconhecem a incompetência e analfabetismo que grassa no seu interior e levou a esta explosão popular, para não morrer de fome. Fome, sim.

Logo, os roubos e furtos, não sendo de apoiar, constituem, pela grandeza dos atingidos; 20 milhões de pretos pobres, acção desculpável, ante o bem maior, vida!

O Código Penal no art.º 32.º é peremptório: “Não é ilícito o facto praticado como meio adequado para afastar um perigo actual que ameace interesses juridicamente protegidos do agente ou de terceiro, quando se verifiquem os seguintes requisitos: a) Não ter sido voluntariamente criada pelo agente a situação de perigo, salvo tratando-se de proteger o interesse de terceiros”.

Ora o bem maior vida estava e continua ameaçado e a persistir os altos preços da cesta básica e o IVA, que engorda em “prima facie” os nababos da AGT, continuamos sob um barril de pólvora, por mais prisões e assassinatos que façam e cometam.

E o n.º 1 do art.º 37.º CP é letal: “Age sem culpa quem praticar um facto ilícito adequado a afastar um perigo, não removível de outro modo, que ameace a vida, a integridade física, a honra ou a liberdade do agente ou de terceiro, quando não for razoável exigir dele, segundo as circunstâncias do caso, comportamento diferente”.

Pelo atrás vertido não é despiciendo, os magistrados, atirarem para a sarjeta, em nome da honra, a partidocracia anti-povo, fazendo uma distinção entre um bem material, móvel ou imóvel, reparável e o bem vida, irreparável.

A fome é a base de todos os problemas, com a agravante do MPLA e dirigentes, declaradamente, combater os pobres e não a pobreza. E, chegados a este patamar estão criadas as condições objectivas e subjectivas para a ruptura, se nada de humilde for feito, com carácter de urgência…

Finalmente, contra todas as ameaças de prisão, de morte, que já levaram ao roubo de instalações do Folha 8/TV8, por oficiais da Polícia Nacional, identificados, autênticos delinquentes fardados, queimado instalações, clonando e roubando as minhas contas bancárias, surripiando todos os valores financeiros, jamais me ajoelharei ou serei covarde diante de assassinos, ditadura e ditadores.

Eu defendo a justiça. Não defendo ilícitos e a ilicitude. Opção pioneira do regime.

Eu defendo a vida. Jamais a morte, que é a lógica do MPLA/2017.

Eu defendo a justiça dos bons. Contra a injustiça dos brutos, quais vampiros do século XXI…

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