VACINAÇÃO MARCADA PELA REJEIÇÃO DE ALGUMAS IGREJAS

Três Igrejas impediram, no último fim-de-semana, que crianças fossem vacinadas contra a poliomielite, no município de Viana, Luanda, durante a campanha de vacinação contra a doença, denunciaram hoje as autoridades sanitárias locais.

Segundo a chefe de secção de Saúde de Viana, Pulquéria Marta, a campanha naquele município registou alguns constrangimentos, frisando que estas Igrejas nos distritos do Zango, Vila Flor e Kikuxi rejeitaram que as crianças fossem vacinadas.

Pulquéria Marta, que falava à Rádio Nacional de Angola, apontou as Igrejas Kimbango, no distrito do Kikuxi, Simão Toco, no distrito de Vila Flor, e Igreja Evangélica Apostólica no distrito do Zango.

A responsável relatou também o caso de uma família, com 12 filhos, que rejeitou que as crianças fossem vacinadas, no Zango.

“Ele [pai] alega que não deve vacinar, porque quem cura é Deus e ele não vacina os filhos e nem recorre a nenhuma unidade sanitária”, disse Pulquéria Marta, frisando que a administração local já tem conhecimento da situação e serão tomadas medidas.

A chefe de secção de Saúde de Viana frisou que estão a sensibilizar essas pessoas para que os menores sejam vacinados.

Apesar dessa dificuldade, dados provisórios indicam que o número de crianças vacinadas ultrapassou o previsto, continuando hoje trabalhos de repescagem para atingir aquelas que ficaram de fora.

“Viana tinha uma meta prevista de vacinar 359.605 crianças, até ao dia de ontem [domingo] Viana vacinou 374.112 crianças”, disse a médica, frisando que hoje as equipas móveis continuam a vacinar, bem como o posto da direcção municipal de saúde.

O Ministério da Saúde de Angola realizou uma campanha de vacinação, que arrancou sexta-feira até domingo, contra a poliomielite, com a previsão de vacinar mais de 5,5 milhões de crianças menores de cinco anos em todo o país.

Na capital angolana, Luanda, estava prevista a imunização de 1,5 milhão de crianças.

A poliomielite é uma doença infecciosa causada pelo vírus da pólio e pode causar paralisia permanente às crianças.

Folha 8 com Lusa

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