A ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, agradeceu ao Brasil o compromisso em apoiar a formação de profissionais de saúde angolanos, num país que tem como objectivo capacitar 38 mil profissionais até 2027.
Sílvia Lutucuta diz que “este é um momento de capital importância para o sector de saúde de Angola e do Brasil” e uma “oportunidade para reforçar, fortalecer e continuar a trazer o Brasil mais próximo de Angola”.
Durante a cerimónia de lançamento do Programa de Formação de Recursos Humanos em Saúde Brasil-Angola, num evento realizado no instituto Rio Branco, em Brasília, a ministra angolana agradeceu ao Brasil o interesse em solucionar “uma das grandes prioridades” do Governo angolano.
O Brasil comprometeu-se hoje a apoiar a formação de 3.620 profissionais de saúde angolanos, numa iniciativa que surgiu na sequência da visita do Presidente, Lula da Silva, em Agosto de 2023, e após um pedido feito por parte do Governo angolano.
A iniciativa incluiu, sobretudo, a formação de profissionais angolanos no Brasil em diversas modalidades de ensino, como doutoramento, mestrado, especialização, estágio complementar, entre outros.
“Até ao momento, os programas de ensino oferecidos pelas instituições brasileiras já aceitaram cerca de 200 profissionais de saúde angolanos”, detalhou, em comunicado, a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Das 3.620 vagas disponíveis em 28 instituições de ensino públicas brasileiras, 3.120 estão destinadas a cursos de ensino à distância e 500 para ensino presencial.
“Ao Presidente Lula da Silva, este grande amigo de Angola, aproveitamos para agradecer pelo seu empenho pessoal em fortalecer os laços entre os nossos países, em especial no sector da saúde”, sublinhou a ministra angolana.
“Precisamos de profissionais de saúde em quantidade e qualidade”, disse.
Na mesma ocasião, a ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade, recordou que Angola foi o “primeiro país de África que o Presidente Lula visitou”, numa demonstração de reforço de laços entre os dois países e do renovado interesse brasileiro no continente africano.
“Passámos por problemas semelhantes, de colonização, de escravização, de problemas que não podemos esquecer, mas que podemos fortalecer”, afirmou a ministra brasileira, que se mostrou confiante de que as relações entre o Brasil e Angola trarão “menos desigualdade” para os povos.
Para o director da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Ruy Pereira, “o principal beneficiário desta iniciativa é o povo angolano” através deste programa que visa a “elevação da capacidade técnica e profissional do sistema público de saúde de Angola”.
Na mesma linha, a secretária-Geral das Relações Exteriores do Brasil, Maria Laura da Rocha, sublinhou que Angola sempre foi a maior ponte do Brasil com o continente africano e que o Governo brasileiro, chefiado por Lula da Silva, quer “crescer com África mas sem ditar caminho a ninguém”.
Por fim, em representação dos alunos angolanos, Estefânia Francisca Garcia, que se encontra no Brasil há três semanas, destacou o facto de o programa ser uma “oportunidade única de aprendizagem” para, através do “conhecimento da vasta experiência brasileira”, aplicar essa experiência no contexto angolano.
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