A África do Sul assina hoje com centenas de iniciativas o primeiro aniversário da morte de Nelson Mandela, o “pai fundador” da democracia e mítico líder da luta contra o regime segregacionista do ‘apartheid’.
A cerimónia central da homenagem ao ex-presidente sul-africano — que morreu em Joanesburgo aos 95 anos, na sequência de prolongada doença respiratória — vai decorrer na sede do governo em Pretória, o ‘Union Buildings’.
Na capital sul-africana, o vice-presidente, Cyril Ramaphosa, presidirá a uma celebração que inclui discursos e oferendas florais, com a participação de companheiros de Mandela no combate ao ‘apartheid’ e aberta à população.
“Todos os sul-africanos devem empenhar-se no progresso da África do Sul, em construir uma África do Sul melhor, uma África melhor e um mundo melhor, em memória do ícone do nosso povo, Nelson Mandela”, disse na quinta-feira Ramaphosa, que vai dirigir as celebrações em substituição do Presidente Jacob Zuma, de visita oficial à China.
Por todo o país, instituições públicas, privadas e associações de cidadãos também se prepararam para prestar tributo a Mandela, um ano após a sua morte ter unido o país num emotivo luto festivo que se prolongou por mais de uma semana.
A Presidência pediu a “igrejas, mesquitas, templos, fábricas, escolas e condutores” que façam “soar as suas sirenes e buzinas” durante os seis minutos e sete segundos prévios, para recordar os 67 anos de combate político do prémio Nobel da Paz.
Todos os sul-africanos são convidados a cumprir três minutos de silêncio, seguindo-se a entoação do hino nacional no complexo governamental e em diversos lugares do país.
Os actos de homenagem iniciaram-se na quinta-feira na sede da Fundação Mandela em Joanesburgo, situada a poucos metros da casa onde morreu Madiba, a designação popular do líder sul-africano.
Na presença de Graça Machel, viúva de Mandela, representantes do governo, exército, sociedade civil e familiares de Mandela recordaram no local a memória do primeiro presidente negro da África do Sul.