Remessas para África subsaariana caíram 12,5% no ano passado

As remessas enviadas para os países da África subsaariana caíram 12,5% no ano passado, para 42 mil milhões de dólares (34,7 mil milhões de euros), mas excluindo a Nigéria, o valor das verbas enviadas pelos emigrantes subiu 2,3%.

De acordo com os números divulgados hoje pelo Banco Mundial, no relatório sobre os fluxos de remessas, o dinheiro enviado pelos estrangeiros para os seus países de origem aumentou no ano passado para América Latina e Caraíbas (6,5%), para a Ásia (5,2%) e para o Médio Oriente e Norte de África (2,3%), tendo registado a maior queda na África subsaariana, que viu as verbas enviadas pelos emigrantes descerem 12,5%.

“O declínio foi quase inteiramente devido à quebra de 27,7% nas remessas para a Nigéria, que vale 40% do total da região”, lê-se no documento divulgado em Washington.

“Excluindo a Nigéria, as remessas para esta região aumentaram 2,3%”, com fortes subidas na Zâmbia (32%) e em Moçambique (16%), prevendo-se que este ano aumentem 2,6%, sustentadas pelas melhores perspectivas de crescimento nos países de elevados rendimentos”, acrescenta-se no documento.

Relativamente aos custos de enviar dinheiro, a África subsaariana mantém-se a região mais cara, com os emigrantes a terem de pagar, em média, 8,2% de taxas para um envio de 200 dólares, o que compara com a média de 6,5% a nível mundial, e é quase o triplo da meta dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (3%).

Lusa

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