O PIB de Angola, o copo meio cheio ou… meio vazio

A economia de Angola registou a primeira melhoria no PIB desde o início da pandemia, com um aumento de 2,7% em cadeia no terceiro trimestre, mas mantém uma queda de 5,8% face ao período homólogo, segundo o INE.

“O Produto Interno Bruto (PIB) em volume encadeado do terceiro trimestre de 2020 em comparação ao terceiro trimestre do ano anterior, ajustado sazonalmente, registou uma queda de 5,8%, e em comparação com o trimestre anterior registou um crescimento de 2,7%”, lê-se na nota divulgada pelo Instituto Nacional de Estatísticas de Angola.

Apesar da melhoria relativamente ao trimestre anterior, a economia de Angola continua em contracção, dado que registou uma variação negativa face ao crescimento do trimestre homólogo de 2019, e vai a caminho de uma contracção de 5% em 2020 se a média se mantiver de Outubro a Dezembro, cujos dados ainda não estão disponíveis.

Olhando para a média dos primeiros três trimestres de 2020, constata-se que a economia de Angola caiu 0,9% nos primeiros três meses do ano passado, e depois agravou a queda para 8,3% e 5,8% nos dois trimestre seguintes, o que mantém o país em território negativo.

“As actividades que mais contribuíram positivamente para o crescimento do PIB no terceiro trimestre de 2020 foram o comércio, com 1,6%, Serviços Imobiliários e Aluguer, com 0,7%, Indústria Transformadora (0,6%), Outros Serviços (0,3%) e Agro-pecuária (0,2%), acrescenta-se no texto disponível na página do INE angolano.

Por outro lado, “as actividades que mais contribuíram negativamente para o crescimento do PIB no terceiro trimestre de 2020 foram a Construção, com -1,3%, a Extracção e refinação do petróleo bruto e gás natural, com -0,8%, a Extracção de Diamantes, com -0,2%, a Pesca (-0,2%) e Telecomunicações (-0,1%)”, conclui-se no documento.

De acordo com os dados apresentados na Nota de Imprensa sobre as Contas Trimestrais, em 2019 o PIB caiu 2,1% e para 2020 o Fundo Monetário Internacional prevê uma contracção de 4%, esperando um regresso a terreno positivo este ano, com um crescimento acima de 3%.

Lusa

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