A empresária angolana Isabel dos Santos e a Sonae manifestaram hoje disponibilidade para “integrar uma solução” para a Portugal Telecom (PT) Portugal que promova “a defesa do interesse nacional”.
A “ZOPT, SGPS, SA, e os seus accionistas, “na qualidade de investidores estratégicos e comprometidos com o mercado de telecomunicações português, na sequência das notícias recentemente vindas a público sobre possíveis alterações na estrutura accionista da PT/Oi, (…) manifestam a sua disponibilidade para integrar uma solução”, anunciou hoje em comunicado a empresa, detida por Isabel dos Santos e pela Sonae.
Esta solução, lê-se no comunicado, “em aberta colaboração com as partes envolvidas”, deverá assegurar “o necessário compromisso de interesses, promovendo a defesa do interesse nacional”.
A Sonaecom, recorde-se, lançou em 2006 uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Portugal Telecom. A oferta do grupo da português foi chumbada, com a administração da PT a prometer uma remuneração accionista de 6,2 mil milhões de euros.
A ZOPT, accionista da Nos, é uma “holding” que integra a Sonae e a empresária angolana Isabel dos Santos, por sinal multimilionária e filha do Presidente da República de Angola, no poder desde 1979 sem nunca ter sido nominalmente eleito-
A ZOPYT foi criada em 2012, juntando os interesses de Isabel dos Santos e da Sonaecom, para concretizarem uma operação de consolidação no sector das telecomunicações em Portugal, fundindo as operadores em que detinham posições relevantes, ou saja a e a Optimus.
Isabel dos Santos tinha 28% da Zon e a Sonaecom detinha a totalidade da Optimus. Quando acordaram a fusão assumiram a nova entidade, a Zon Optimus. Na ZOPT, Isabel dos Santos detém 50% e Sonae tem os outros 50%. A administração integra Isabel dos Santos e Mário Silva e, do lado da Sonaecom, Ângelo Paupério e Cláudia Azevedo.
Hoje a ZOPT tem como único activo a participação na Nos, designação substituiu a Zon Optimus.