ANGOLA. A produção petrolífera angolana voltou às quebras em Novembro, com menos o equivalente a 108.700 barris diários, distanciando-se da líder Nigéria, que continua no topo dos produtores africanos, segundo a OPEP.
De acordo com dados do último relatório mensal da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), divulgado hoje, Angola atingiu em Novembro uma produção diária média de 1,581 milhões de barris de crude, com dados baseados em fontes secundárias.
Com este registo, em volume produzido, Angola continua atrás da Nigéria, país que viu a sua produção aumentar em Novembro em 95.800 barris diários, para uma média de 1,790 milhões de barris por dia, de acordo com os mesmos dados da OPEP.
Durante praticamente todo o ano de 2016 – e até Maio último – Angola liderou a produção de petróleo em África.
A produção na Nigéria foi condicionada entre 2015 e 2016 por ataques terroristas, grupos armados e instabilidade política interna.
O acordo entre os países produtores de petróleo, para reduzir a produção e fazer aumentar o preço do barril, obrigou Angola a cortar 78.000 barris de crude por dia com efeitos desde 1 de Janeiro de 2017, para um limite de 1,673 milhões de barris diários. Um acordo que Angola terá ‘furado’ em Outubro, ao produzir 1,689 milhões de barris por dia.
O relatório da OPEP refere ainda que em termos de “comunicações directas” à organização, Angola terá produzido 1,607 milhões de barris de petróleo por dia em Novembro, enquanto a Nigéria chegou aos 1,751 milhões de barris diários.
Angola enfrenta desde final de 2014 uma profunda crise económica, financeira e cambial decorrente da forte quebra nas receitas petrolíferas.
Em menos de dois anos, o país viu o preço do barril exportado passar de mais de 100 dólares para vendas médias, no primeiro semestre de 2016, de 36 dólares por barril, segundo dados do Ministério das Finanças de Angola.
Desde o início do ano que as vendas de petróleo angolano têm estado, em regra, acima dos 50 dólares por barril no mercado internacional, tendo entretanto ultrapassado os 60 dólares.
Lusa