ANGOLA. O Governo angolano pretende vender a madeira apreendida durante a campanha florestal de 2016 por práticas ilegais, nomeadamente de abate, decidiu o Ministério da Agricultura, que manifesta preocupação com este fenómeno.
Uma decisão do Ministério da Agricultura refere que a madeira apreendida nas províncias do Bié, Benguela, Cuando Cubango, Huambo, Lunda Sul e Moxico, por infracções à Lei de Bases de Florestas e Fauna Selvagem, será vendida por uma comissão própria, formalmente constituída a 18 de Julho.
A comissão agora formada terá de assegurar a “verificação e quantificação em metros cúbicos da madeira apreendida e constituição dos respectivos lotes”, bem como “propor o preço inicial de venda de cada lote de madeira”, podendo “convidar” os “potenciais empresários e operadores florestais” a apresentarem propostas de compra, “incluindo os infractores”.
Em Junho último, as autoridades angolanas anunciaram que só no Huambo, no primeiro semestre de 2017, tinham sido apreendidos 178 metros cúbicos de madeira conhecida como “pau-ferro”, protegida por lei e uma das mais caras do mundo, alegadamente provenientes da província do Cuando Cubango, no sul do país.
Angola proibiu, a partir deste ano, a exportação e circulação de madeira em toro pelo país, obrigando à primeira transformação na própria província de abate, como forma de controlar a actividade, agregar valor e potenciar a criação de postos de trabalho na fileira florestal.
Lusa