Seja em que língua for, existe um provérbio transversal às pessoas de bem e às sociedades mais íntegras, que diz que quem não se sente não é filho de boa gente. Nós aqui no Folha 8 temos orgulho em sermos filhos de boa gente e, por isso, não admitimos que um escroque venha pôr em causa a honorabilidade do nosso Jornal nem das pessoas que aqui trabalham em prol do Povo angolano. Daí este texto.
Por Orlando Castro
De entre uma enciclopédia de crimes morais e éticos de Lindo Bernardo Tito, seleccionamos como síntese meia dúzia de paradigmáticos exemplos.
Lindo Bernardo Tito tudo fez para conseguir ter, por ele ou por interpostos apaniguados, o controlo da linha editorial do F8. Pigmeu nas ideias, para além de nunca ter sido jornalista, não sabe quanto custa (e custa muito, algumas vezes a vida e muitas outras ferimentos de carácter irreversíveis) a liberdade de imprensa e de expressão para um democrata. Para ele, o Folha 8 tem um preço. Enganou-se. Não temos preço – temos valor. Recusamos a interferência, por mínima que seja, de qualquer poder, seja político, económico, religioso ou social, mesmo que um de nós faça parte desse mesmo poder. Não mudaremos nunca a nossa postura face à liberdade. A nossa linha editorial é igualmente a nossa coluna vertebral.
Lindo Bernardo Tito teve o descaramento de criar e propagar publicidade aberrante e putrefacta, consubstanciada na acusação velada (como é genético nos escroques) no Facebook, acusando Abel Chivukuvuku e os filhos de esbanjarem dinheiro, quando este acusa os filhos do presidente da República. Como se não bastasse a cobardia desta acção, tentou atribuir ao nosso Director, William Tonet, a paternidade desta vil sacanagem. Foi apanhado na primeira esquina não só porque a mentira tem a perna curta, mas porque a maioria dos angolanos que – ao contrário de Lindo Bernardo Tito – usa a cabeça para pensar, sabe que ele só atingirá o seu orgasmo demencial quando conseguir assassinar, pelas costas, o líder da CASA CE.
Este nosso “basta” não é uma forma de lavar a roupa suja ou fragilizar uma organização, mas apenas uma forma de responder e repor a verdade e a honra dos que Lindo Bernardo Tito tentou assassinar. Aliás, um cidadão no Facebook veio denunciar ser o autor da falsificação do post. Nem tal seria preciso pois a propagandeada imagem nunca esteve no Facebook de William Tonet e a linguagem usada é um atentado à língua portuguesa, característica igualmente genética da criatura que só consegue não ofender a língua quando escreve a frase “Lindo Bernardo Tito”.
Lindo Bernardo Tito tentou apunhalar (mais uma vez e como sempre pelas costas) William Tonet, causando-lhe muitos dissabores, pois, chegou a ser acusado de falta de carácter e deslealdade, quando – desde sempre – essa falta lealdade tem a impressão digital de Lindo Bernardo Tito. Aliás, para ele é uma questão de “honra” continuar uma prática utilizada já no PRS, quando publicava caricaturas, textos apócrifos contra Eduardo Kwangana, originando o actual estado de divisão desse partido, tudo porque o seu líder e principais colaboradores se negaram (como estarão hoje arrependidos) a chamar os “traidores pelos nomes”.
Lindo Bernardo Tito publicitou que as empresas de William Tonet fazem sobre-facturação, esquecendo-se de publicamente justificar as razões pelas quais se apossou de forma ilegal, durante mais de 13 anos, dos montantes financeiros relativos aos subsídios do Estado que recebia e não dava conta ao PRS, enquanto presidente da bancada parlamentar. Deveria antes de tentar manchar a honra e dignidade de alguém, pedir desculpas aos eleitores e cidadãos em geral pelo cometimento de um crime público que poderia e deveria tê-lo colocado atrás das grades.
É evidente que união deve ser o principal diapasão das organizações. Mas quando alguém aposta apenas na ofensa e na calúnia pública não podemos deixar de reagir, pois os males são maiores quando a dignidade de uma pessoa de bem está posta em causa.
Faz parte da história política, sobretudo nos seus vastos capítulos dedicados às ditaduras, que as vitórias eleitorais conseguem-se tanto pela fraude ou pela implosão dos principais opositores. Em Angola o MPLA consegue fazer a simbiose e, jogando em vários tabuleiros, comprar agentes duplos que se prestam até a vender a mãe para honrar as ordens – bem remuneradas – do seu patrono e patrão.
Lindo Bernardo Tito é, nos tempos mais recentes da nossa embrionária democracia, o mais paradigmático exemplo dessa vil, mas eficiente, estratégia do MPLA. A troco de dinheiro, o mais acabado exemplo de mercenarismo político, de desonestidade cívica, de prostituição intelectual, tem trilhado o seu caminho atraiçoando meio mundo e apunhalando, pelas costas, o outro meio.
Para Lindo Bernardo Tito vale tudo desde que a recompensa lhe permita viver como um nababo, tal é sua ambição. Por onde tem andado deixa um putrefacto lastro de mediocridade, servilismo, bajulação que, no final, se consubstancia em assassinar os que honestamente (qualidade que ele desconhece) lutam erectos por causas e são incapazes de se vender pela melhor oferta.
Na posse do guião fornecido pelos seus patrões, acompanhado – é claro – pela respectiva recompensa financeira, Lindo Bernardo Tito vai bajulando os líderes de ocasião, ganhando a sua simpatia e, por via da ingenuidade de políticos que não andaram na escola estalinista do MPLA, subindo na hierarquia das organizações a quem jura fidelidade, respeito e honestidade cívica.
Chegado a esse patamar, Lindo Bernardo Tito começa a chegar fogo aos rastilhos que vai disseminando, procurando dinamitar todos aqueles que querem de facto lutar por causas e, por essa via, provocar a implosão das organizações onde estiver. O resultado final, apesar de descoberta a sua rasteira e nojenta estratégia, tem ido sempre ao encontro dos objectivos do MPLA.
Ou seja, fragilizar de tal maneira os partidos da oposição que a sua presença eleitoral se torna residual. Depois, é claro, dá o salto para nova missão encomendada pelo patrono de sempre.
Mau grado o histórico e esclarecedor curriculum político de Lindo Bernardo Tito que, apesar de instruído pelos ideólogos do MPLA, amesquinha a inteligência dos angolanos tal é o seu nanismo intelectual, ainda há quem acredite que os rios nascem no mar e esqueça o que ele fez nos partidos por onde passou.
Lindo Bernardo Tito, do alto da sua cátedra de mercenário que ele não reparou localizar-se ainda na copa de algumas árvores, é capaz de usar todos os meios para atingir os seus fins. Mentir, ofender e agredir é habitual. Na impossibilidade de fazer valer o que não tem, a força da razão, tenta – e às vezes até consegue – fazer valer a razão da força, sobretudo da força do dinheiro que lhe é fornecido pelo patrono mas, igualmente, pelo que usurpa nas organizações por onde passa.
Lindo Bernardo Tito tem, aliás, uma especial habilidade (embora muito primária) para atirar a pedra e esconder a pata, bem como para ir à missa comprar não o perdão (os mercenários não têm perdão) mas a receita para aliviar os pecados, tantos eles são. Trata-se, aliás, de uma espécie de político que às segundas, quartas e sextas espeta facas nas costas dos seus companheiros, e que às terças, quintas e sábados substitui as facas por punhais, mantendo as costas dos seus supostos correligionários como alvo. Ao domingo é tal dia em que vai à missa e aproveita para comprar mais facas e punhais.
Lindo Bernardo Tito nunca foi político para se interessar pelos seus supostos concidadãos (pelo menos 20 milhões) que fazem da mandioca um manjar dos deuses. Para ele nada poderá ser abaixo de lagosta. Igualmente não se importa de ser escravo do “inimigo” desde que tenha a barriga bem atestada e regada e uma boa companhia (mesmo que comprada) para passar a noite. Essa teoria de ser livre, nem que seja de barriga vazia, não o convence.
Para ele, o mundo das organizações políticas por onde tem passado gira exclusivamente à volta do seu umbigo. Lindo Bernardo Tito assume-se, por manifesta insuficiência intelectual e desonestidade crónica, como um gigante no contexto político-partidário de Angola. Pelo menos de Angola. Ainda ninguém lhe disse que tem de mudar de espelho. Quando o fizer verá que é um, mais um, anão intelectual.
Não é crime Lindo Bernardo Tito ter de se descalçar para contar até 12. Também não é crime que ele faça tudo para estar sempre na primeira fila ou mesmo no palco circense de que tanto gosta. É a única maneira que encontrou para ser visto. Se quisesse, como fazem os políticos honestos e íntegros, estar na última fila não para ser visto mas para ver, estaria desgraçado. Ninguém repararia na sua bajulação nem na sua qualidade de bobo (muito bem pago) da corte.
Reconhecida a sua tacanhez política e intelectual, seria bom que alguém disse a Lindo Bernardo Tito que, no final, ele vai ficar conhecido no meio político e intelectual como o “mercenário chiclete”. Ou seja, como o mercenário que o regime mastigou e depois deitou fora.