ANGOLA. O Governo angolano reconhece que a crise cambial que o país vive há mais de um ano levou à saída de trabalhadores expatriados e com isso a uma redução de produção industrial no primeiro semestre de 2016.
A posição consta do relatório de fundamentação da proposta de revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2016, devido à quebra nas receitas com a exportação de petróleo, que agravou a crise económica, financeira e cambial do país.
O documento, a que a Lusa teve acesso, vai a votação na generalidade na Assembleia Nacional na segunda-feira e prevê um desempenho negativo em 3,9% no sector da Indústria Transformadora angolana, comparando com 2015.
A situação é “resultante da dificuldade das empresas obterem divisas para suportar o pagamento dos seus salários”, mas também pela “escassez de matérias-primas resultante da situação económica actual”, nomeadamente a falta de moeda estrangeira para garantir essas compras ao exterior.