O banco Sol, o oitavo maior de Angola, com 620 mil clientes,prevê alargar a actividade a Moçambique, Portugal e Brasil, anunciou o presidente do Conselho de Administração, Coutinho Nobre Miguel.
De acordo com o administrador, a prioridade imediata da expansão internacional do banco Sol passa pelo início da actividade na Namíbia no primeiro semestre de 2015 e depois em Moçambique.
“Estamos também a pensar em abrir representação em Portugal e depois no Brasil. O banco Sol quer acompanhar o crescimento da economia nacional [angolana] e a sua internacionalização”, afirmou Coutinho Nobre Miguel esta sexta-feira em Luanda.
O responsável falava aos jornalistas à margem da apresentação da 9ª edição do estudo angolano “Banca em análise”, da consultora Deloitte, que posiciona o banco Sol como oitavo maior em Angola, em termos de resultados líquidos, de 3.465 milhões de kwanzas (27,8 milhões de euros) em 2013.
Aquela instituição bancária de Angola, que será a próxima a instalar-se em Portugal, já conta com 154 balcões em todo o território angolano, servindo 620 mil clientes. “O banco SOL trabalhou arduamente, nos últimos treze anos, no reforço do crescimento orgânico, na sua expansão a nível nacional e para assegurar os níveis de liquidez e robustez internas financeiras. Hoje estamos com um banco preparado e apto para dar passos noutras geografias económicas”, assume o administrador.
Na lista das principais instituições financeiras angolanas, o banco Sol aparece na 9ª posição em termos de crédito concedido a clientes, com uma quota de mercado de 2,8 por cento, equivalente a 152 milhões de dólares (120 milhões de euros), e um rácio de malparado de 5,2%.
“Temos o crédito malparado devidamente controlado e é confortavelmente acompanhado pela nossa área de gestão de crédito. Em alguns casos somos forçados a reestruturar, para reforçar as garantias, e noutros casos obrigados a dialogar permanentemente com os nossos mutuários, para acompanhar a sua actividade”, admitiu Coutinho Nobre Miguel.
O crédito vencido é um dos maiores problemas da banca angolana, preocupação que passou a ser pública depois de o Banco Nacional de Angola ter sido obrigado a nomear administradores provisórios para o Banco Espírito Santo Angola, precisamente devido ao volume de crédito malparado.