O ministro das Finanças, Armando Manuel, garantiu hoje, em Luanda, que a queda da produção do crude e dos preços do petróleo no mercado internacional jamais comprometerá a execução do Orçamento Geral do Estado (OGE)/2014.
Armando Manuel, ao falar na sessão de apresentação do estudo “Banca em Análise 2014”, promovido pela Deloitte Angola, argumentou que a execução do OGE não terá problemas, porque o défice estimado rondará 4% do Produto Interno Bruto, contra o resultado superavitário de 0,3% registado no exercício anterior.
Segundo o ministro das Finanças, a economia angolana deverá crescer, no decurso deste ano, na ordem de 4%, alicerçado no crescimento de 7,3% do sector não petrolífero, estimativas das autoridades que coincidem com as conclusões da recente missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), no âmbito das consultas regulares ao país.
Armando Manuel salientou que os indicadores de qualidade de crédito, concedido ao sector produtivo e ao consumo de bens produzidos localmente, constituem pontos focais de grandes relevâncias para a avaliação de riscos e oportunidades para economia nacional.
O ministro acrescentou que nesta perspectiva, é fundamental que a gestão das Finanças Públicas faça a sua parte, atenta ao desenvolvimento do cenário internacional, de modo que não coloque em risco os fundamentos da transparência e da responsabilidade fiscal que asseguram a solidez das contas fiscais, monetárias e cambiais.
“Não custa recordar que tal solidez tem sido âncora da credibilidade política, económica e financeira que proporciona ao sistema financeiro nacional um ambiente de negócios seguro e protegido do endividamento público”, acrescentou.
Segundo o ministro, a banca nacional tem ajudado, de forma positiva, o crescimento do sector não petrolífero, através da sua dinâmica e diversificação dos serviços de crédito.