Se eu fosse Presidente de Angola, daria a cada angolano 1 milhão de dólares. Não como um acto de caridade, mas como um acto de justiça. Angola é um país imensamente rico, mas essas riquezas têm sido historicamente desviadas, mal geridas e negadas ao verdadeiro dono: o Povo.
Por Malundo Kudiqueba
Se eu fosse presidente de Angola, os carros usados entrariam em Angola. A ideia de bloquear a entrada de carros usados não faz sentido para um país que já enfrenta tantas dificuldades. Não se pode impedir o Povo de ter acesso ao que é necessário para o seu dia a dia. Mobilidade é um direito, não um luxo. E muitos angolanos dependem desses veículos para trabalhar, para sustentar as suas famílias e para ir e voltar do seu trabalho.
Se eu fosse presidente de Angola, 30% das receitas do petróleo de Cabinda e Zaire seriam destinados ao investimento dessas províncias. O petróleo sai dessas regiões, mas nada fica nessas províncias para melhorar as condições de vida da população que ali reside. O que vemos é um empobrecimento constante enquanto os lucros seguem para Luanda, enriquecendo políticos e elites que, longe da realidade do Povo, continuam a ignorar o que acontece no norte do país.
É uma vergonha ver como as províncias que sustentam a economia com os seus recursos naturais são deixadas para trás, enquanto os bolsos de poucos se enchem de riquezas à custa do sofrimento do Povo. Cabinda e Zaire deveriam ser regiões prósperas, mas, em vez disso, são vistas como territórios esquecidos, cujos recursos são explorados sem qualquer retorno para as suas populações.
Se eu fosse Presidente de Angola, 30% das receitas provenientes dos diamantes seriam investidas directamente nas Lundas. É inconcebível que uma região tão rica em recursos naturais permaneça marcada pela pobreza, desigualdade e falta de infra-estruturas básicas.
Como presidente, a minha prioridade seria garantir que os angolanos tivessem as ferramentas para melhorar a sua vida, e isso inclui permitir que eles acedam a bens necessários, como carros. Ao invés de criar barreiras, ajudaria a criar políticas que facilitassem a importação, que apoiassem os pequenos empresários e que proporcionassem empréstimos acessíveis, porque a verdadeira liderança não se faz com restrições, mas com soluções práticas para o Povo.
Não podemos continuar a colocar obstáculos àqueles que já enfrentam um sistema que os marginaliza. Angola precisa de mais opções, não de mais limitações. Eu não seria presidente de um país que tenta restringir as possibilidades do seu próprio Povo. O futuro de Angola passa pela liberdade de escolha e pela criação de um ambiente que permita a cada angolano prosperar com dignidade. E para isso, os carros e o acesso a uma vida melhor devem ser possíveis para todos, não só para os privilegiados.
Se eu fosse presidente de Angola, a juventude teria oportunidades reais de emprego e de crescimento. Se eu fosse presidente de Angola, a justiça seria para todos, sem excepções. Nenhuma pessoa seria mais importante do que a outra, e ninguém seria excluído ou marginalizado. Todos seriam tratados com respeito e igualdade, independentemente da sua origem ou condição social.
Se eu fosse presidente de Angola, o país estaria no caminho do desenvolvimento e da verdadeira prosperidade. O sofrimento do Povo seria ouvido e tratado com urgência, porque, como líder, meu compromisso seria com a melhoria da vida de cada angolano.
Não adianta ser milionário sem saber como transformar essa fortuna num legado duradouro. Criaria programas de formação em gestão financeira, empreendedorismo e inovação. Incentivaria a aplicação desse dinheiro em negócios locais, educação e saúde.
Angola tem petróleo, diamantes, ouro e terras férteis, mas o seu maior tesouro é o seu Povo. Durante 50 anos, os angolanos foram privados dos benefícios dessas riquezas. Por isso, devolveria ao Povo o que sempre foi dele: a capacidade de sonhar e de realizar.
Comigo, Angola seria uma nação onde as riquezas deixariam de ser privilégio de poucos para se tornarem o motor de uma sociedade próspera, educada e solidária. Porque dar dinheiro é um passo, mas dar dinheiro e conhecimento é a verdadeira chave para transformar vidas e garantir um futuro brilhante para todos.
Se eu fosse Presidente de Angola, combateria a pobreza, mas nunca os pobres. A miséria não pode ser tratada como um crime, mas sim como uma ferida social que precisa de cura, com políticas que devolvam a dignidade e a esperança ao Povo.
Se eu fosse Presidente de Angola, enfrentaria a corrupção na sua essência, e não apenas os corruptos. Criaria sistemas transparentes e instituições fortes, porque o problema não se resolve com caças às bruxas, mas sim com reformas estruturais que eliminem as brechas onde o mal prolifera.
Se eu fosse Presidente de Angola, atacaria a criminalidade e os criminosos com a mesma determinação, garantindo segurança e justiça para todos. Proteger os inocentes e reabilitar os culpados seria o meu compromisso, pois um país só é seguro quando as suas leis são respeitadas e os direitos humanos preservados.
Se eu fosse Presidente de Angola, combateria as doenças e não os doentes. Chega de tratar a saúde como um luxo e os doentes como um fardo. Investiria em hospitais, medicamentos, saneamento básico e educação sanitária, porque a vida do Povo deve ser sempre o foco principal de qualquer governação.
Ser Presidente não é um título; é um compromisso inabalável com o Povo. É agir, transformar e ser a mudança que Angola tanto precisa.
Obs: Daria 1 milhão de dólares a cada angolano para corrigir injustiças sociais, mas também criaria um sistema que impedisse o regresso à pobreza. Porque o verdadeiro objectivo não é apenas dar; é libertar, empoderar e transformar Angola numa terra onde cada cidadão seja protagonista da sua própria história. Tenho a plena certeza, comigo os angolanos teriam uma vida melhor!