O ÓDIO DE MARIA ABRANTES CONTRA OS BAKONGOS

Maria Abrantes, a hipocrisia tem limites! Se atacas João Lourenço chamando-o de “zairense”, porque nunca questionaste as origens do teu ex-marido, José Eduardo dos Santos, que muitos dizem ser são-tomense? Ou será que a tua indignação é selectiva e só te incomodas quando te convém? Não tens legitimidade para apontar o dedo quando foste uma das maiores beneficiárias do mesmo sistema que agora tentas desacreditar.

Por Malundo Kudiqueba

A tua riqueza não nasceu do teu suor, nem da tua genialidade. Ficaste bilionária às custas do petróleo dos Bakongos, das riquezas do Norte, enquanto o povo que te sustenta continua na miséria. Se não queres os Bakongos em Angola, então devolve tudo o que nos roubaste! Se o Norte não serve para ti, que nos dêem a nossa independência! Sem o petróleo do Norte de Angola, tu não passarias de mais uma sombra perdida no anonimato, sem riqueza, sem influência e sem o luxo que hoje ostentas às custas do sofrimento alheio.

Ao atacar todos os Bakongo, Maria Abrantes, estás a provar que ter um título de doutora não é sinónimo de inteligência, e que milhões de euros na conta bancária não compram carácter, dignidade ou moral. A verdadeira grandeza mede-se pelo respeito e pela justiça, não pela arrogância de quem usa o dinheiro como escudo para espalhar ódio.

Quem recorre ao insulto e à generalização apenas demonstra fraqueza e falta de argumentos sólidos. O debate deve ser baseado em factos, na verdade e na história, e não em ódio gratuito ou ataques pessoais. Está provado que ter os bolsos cheios de euros e a consciência vazia é uma combinação perigosa, pois transforma riqueza em arrogância, poder em impunidade.

O que importa aqui não é atacar indivíduos, mas sim combater ideias perigosas e alertar para os riscos que discursos de incitação ao ódio podem trazer para Angola. O país já sofreu demasiado com divisões e conflitos, e é precisamente por isso que devemos estar atentos e responder com firmeza, mas sempre com inteligência e responsabilidade.

Aqueles que promovem a discriminação contra os Bakongos – ou contra qualquer etnia – devem ser desmascarados com argumentos históricos e factuais, mostrando que o contributo dos Bakongos para Angola é inegável. A verdade e a justiça são as armas mais poderosas contra a mentira e a opressão.

Eu sou angolano e nunca pus os pés no Congo Democrático. Mas ao contrário de ti, não renego a história, nem uso a origem de alguém como arma de discriminação. Criticas o Congo, mas esqueces-te de que quase toda a elite do MPLA passou por lá, incluindo José Eduardo dos Santos – um homem que, independentemente das suas falhas, pelo menos não descia ao nível de insultar publicamente um povo inteiro.

O povo angolano não pensa como tu, Maria Abrantes. A tua visão carregada de ódio e arrogância não reflecte os valores de um país que já sofreu demasiado com divisões. Angola precisa de justiça e progresso, não de discursos incendiários vindos de quem enriqueceu às custas dos outros!

Maria Abrantes, sabemos exactamente o que estás a tentar fazer. O teu discurso de ódio contra os Bakongos não é apenas perigoso, é criminoso. Se pensas que podes apagar um povo inteiro da história de Angola, estás redondamente enganada!

Mas, quando falas de “Zaire”, estás a insultar a própria província que te fez milionária! Foi do petróleo do Zaire que saíram as fortunas que te deram a vida de luxo que levas hoje. Sem o Zaire, sem o Norte, sem os Bakongo, onde estarias?

Queres acabar com os Bakongo? Não será tão fácil como imaginas! Os Bakongos são um povo resiliente, de história grandiosa, que já resistiu a impérios e colonizadores. Não será uma bilionária arrogante que os fará desaparecer!

Estamos atentos. Sabemos que o ódio começa com palavras, mas a história já nos ensinou onde isso pode levar. A Sexta-feira Sangrenta não pode repetir-se. O massacre do Monte Sumi não pode voltar a manchar Angola com sangue inocente. 1992 não pode ser esquecido – o assassinato brutal de Salupeto Pena, Jeremias Chitunda e tantos outros mártires da injustiça não pode voltar a acontecer. Angola já sofreu demais com a intolerância e a violência. O genocídio de Ruanda não pode acontecer em Angola.

A Maria Abrantes é bilionária, mas eu não conheço nenhum Bakongo bilionário. Os únicos Bakongos que tiveram património foram aqueles que construíram com trabalho árduo e honesto, como o pai do grande Teta Lando, que possuía prédios no tempo colonial. O pai do Teta Lando foi o negro mais rico de Angola no tempo colonial. E o que aconteceu depois? Vocês ficaram com os edifícios da família Lando, como ficaram com tudo o que os portugueses deixaram para trás!

Se hoje Angola é um território unificado, é porque os portugueses entraram nesta terra através do Reino do Congo, um dos maiores e mais poderosos reinos de África. Quando os portugueses chegaram, não invadiram directamente – pediram permissão aos Bakongos.

Então agora, depois de tudo, queres tratar os Bakongos como se fossem estrangeiros na própria terra? Os Bakongos exigem respeito! Não somos um grupo descartável que se apaga da história só porque incomoda a tua narrativa elitista!

No Ruanda, primeiro foram palavras de desprezo, depois o massacre. Em poucos meses, mais de um milhão de tutsis foram exterminados por uma máquina de ódio. Em Angola, já vimos algo semelhante na Sexta-feira Sangrenta, onde Bakongos foram caçados, assassinados, apagados da nossa própria terra. E agora, Maria Abrantes, queres reacender essa chama? Apelo aos bakongos para vigiarem porque não é a primeira vez que incita violência contra os bakongos. Se ocorrerem incidentes, toda a responsabilidade deve recair sobre Maria Abrantes, pois foi ela quem espalhou o veneno da intolerância e incitou à divisão. As palavras têm consequências, e quem semeia ódio não pode escapar impune!

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