COM O MPLA, AFENTRA SOMA E SEGUE

A Afentra, petrolífera cotada em Londres, reforçou a sua posição este ano no mercado angolano, alcançando no primeiro semestre a produção média de 21 mil barris de crude/dia, no Bloco 3/05, divulgou hoje a empresa.

De acordo com uma nota da Afentra, a empresa britânica independente de exploração e produção de petróleo tornou-se este ano “um dos principais parceiros internacionais da Sonangol”, a petrolífera nacional.

“Só no primeiro semestre deste ano, o Bloco 3/05 — onde a companhia detém uma participação significativa — registou uma média de produção bruta superior a 21 mil barris de crude por dia, confirmando o potencial de reabilitação de activos maduros quando geridos em parceria e com investimento contínuo”, refere-se no documento.

Em 2024, a Afentra, em estreita colaboração com a Trafigura, concluiu a aquisição por 100 milhões de dólares (84,8 milhões de euros) de 12% e 16% de participações não operacionais nos Blocos 3/05 e 3/05A ‘offshore’, respectivamente, da Azule Energy.

A empresa, criada em 2021 por antigos executivos da Tullow, elegeu Angola como mercado prioritário, “atraída pela maturidade da indústria, pela presença das grandes companhias internacionais e pela disponibilidade de activos de meia-vida, susceptíveis de optimização por independentes mais ágeis”.

Segundo a petrolífera, desde 2021 tem vindo a consolidar um portefólio diversificado que inclui não só os Blocos 3/05 e 3/05A, mas também três licenças em terra (KON4, KON15 e KON19) e uma licença ‘offshore’ (Bloco 23), todas na Bacia do Kwanza.

Um dos projectos mais relevantes em curso, destacou a empresa, é o KON4, cuja ratificação está pendente, integrando o campo de Quenguela Norte, a maior descoberta em terra da Bacia do Kwanza até à data, estimando-se o potencial de mais de 200 milhões de barris de petróleo, “constituindo uma oportunidade de longo prazo para relançar a produção em ‘onshore’, uma área subexplorada durante décadas”.

“A aposta da Afentra surge num momento em que o Governo angolano e a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), têm vindo a introduzir reformas para estimular o reinvestimento em activos maduros e atrair novos operadores”, realça-se na nota.

Com a Produção Incremental, iniciativa lançada pelo Governo angolano, em 2024, para impulsionar a produção nacional, começa a haver já “resultados visíveis” e, a par da reabilitação de campos marginais, a indústria petrolífera nacional está também a assistir a um regresso da actividade exploratória, tanto no ‘offshore’ profundo como na Bacia do Kwanza, acrescentou a Afentra.

“O nosso portefólio (…) é a prova do compromisso de longo prazo que assumimos com o país. Trabalhar ao lado da Sonangol e de outras empresas angolanas é essencial para alcançarmos o objectivo comum de manter a produção acima de um milhão de barris/dia depois de 2027”, referiu o director executivo da Afentra, Paul McDade.

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