Morreu à meia-noite deste domingo, 4 de Fevereiro, o Presidente da República da Namíbia, Hage Geingob, aos 82 anos, no hospital privado Lady Pohamba, na capital Windhoek, vítima de cancro. A notícia foi confirmada pela Presidência da República pelo Presidente interino, Nangolo Mbumba.
O Chefe de Estado da Namíbia que havia sido submetido a uma colonoscopia e a uma gastroscopia no último dia 8 de Janeiro, seguidas de uma biópsia, cujos resultados revelaram células cancerígenas, morreu às 00h4 deste domingo, 04, no hospital privado Lady Pohamba, na capital Windhoek, na presença da primeira-dama, Monica Geingos, e dos filhos.
A morte foi confirmada em comunicado assinado pelo Presidente interino da Namíbia, Nangolo Mbumba, tornado público na página da Presidência da República na rede social X, em que se pode ler que “A nação da Namíbia perdeu um ilustre servidor do povo, um ícone da luta pela libertação, o principal arquitecto da nossa Constituição e o pilar da casa da Namíbia”.
O Presidente interino que pede calma e serenidade à população, garantiu que o Governo já está a cuidar de “todos os preparativos e demais protocolos estaduais necessários”.
Sobre o futuro da Namíbia, Nangolo Mbumba prometeu que o executivo irá reunir-se “com efeito imediato” para tomar as providências necessárias. Incluindo analisar a realização das eleições presidenciais e para a Assembleia Nacional da Namíbia que inicialmente estavam previstas para finais de 2024.
Hage Geingob foi o terceiro Presidente da República da Namíbia, e diferente de outros líderes de Estado africano, a exemplo dos três presidentes da República de Angola, Agostinho Neto, José Eduardo dos Santos e João Lourenço realizou os seus exames médicos anuais regulares, incluindo tratamento em hospitais do seu próprio país. Essa atitude não está a passar despercebido entre os povos de vários países do continente africano que reconhecem em Hage Geingob a figura de um “verdadeiro pai da nação”.
Geraldo José Letras
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