Os munícipes do bairro Dimuca, no distrito do Sambizanga, em Luanda, afirmam que estão agastados com o elevado índice de criminalidade bem como com a falta de água potável naquela circunscrição.
De acordo com Pedro Correia, morador do bairro Dimuca há aproximadamente 12 anos, “o elevado índice de criminalidade e da falta de água potável têm sido problemas graves para nós, a administradora local diz que vão resolver esses problemas, mas nada fazem. Uma vez saí do serviço às 21 horas, quando cheguei aqui no bairro, numa das nossas paragens dois jovens vinham como se quisessem pegar táxi e levaram o meu telemóvel e alguns valores que eu tinha, eles tinhamuma arma branca, não pude reagir e tive mesmo que entregar tudo”.
“Não temos esquadra móvel nestes arredores e dificilmente vemos agentes da Polícia Nacional a fazerem ronda, por isso é que a criminalidade aqui no bairro é tanta”, lamentou.
Acrescentou ainda que, “o outro problema é a questão da água potável, aqui no bairro Dimuca para conseguirmos água é uma luta, não temos chafarizes, as residências com tanques de água são poucas. Se ouvirmos que alguém está a abastecer o seu tanque, no mesmo dia a água vai acabar e quando isso acontece, somos obrigados a percorrer quilómetros só para conseguirmos água potável”.
Manuel Marques, contou que, “desde o momento em que comecei a residir aqui no bairro Dimuca, nunca vi mudanças nenhuma. A criminalidade tinha reduzido quando a famosa Turma do Apito agia nesses arredores, agora que deixaram de funcionar, é só já Deus que está a defender-nos, porque aqui ninguém conta com a Polícia Nacional, infelizmente”.
Além da criminalidade e da falta de água potável, os moradores reclamam também das péssimas condições que a única pedonal que facilita a travessia entre a linha férrea e o outro lado do bairro.
“A pedonal está completamente estragada, nós os jovens conseguimos passar apesar das dificuldades porque as chapas estão podres, os lixos que estão nos arredores estão cada vez aumentando. Já desde muito tempo que não sabemos o que é manutenção”, disse Paulino Francisco.
“As nossas mães e tias são obrigadas a passar na linha férrea mesmo até no período da noite. A administradora desse bairro não faz nada, não nos presta atenção, ou seja, presta baté, mas só quando é para receberem os nossos valores com as cobranças absurdas”, concluiu.
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