MAPEAR ASSOCIAÇÕES DE MULHERES EMPRESÁRIAS

O Banco Africano de Desenvolvimento lançou, a 26 de Junho de 2024, um projecto para mapear 160 associações de mulheres empresárias em 16 países africanos, incluindo sete países em transição. O projecto, apoiado pela Iniciativa para o Acesso das Mulheres Africanas ao Financiamento (AFAWA) e pelo Fundo Fiduciário para a Igualdade de Género (GETF), visa aumentar o perfil destas associações, melhorar a sua capacidade institucional e facilitar o seu acesso a instrumentos de financiamento.

Com esta iniciativa, o Banco está a dar um importante passo em frente no seu compromisso de apoiar as mulheres empresárias africanas, promover a emancipação económica das mulheres e estimular o crescimento inclusivo em África.

A Vice-Presidente do Banco para a Agricultura e Desenvolvimento Social e Humano, Beth Dunford, lançou oficialmente o projecto numa cerimónia que contou com a presença de várias associações, organizações líderes e coligações de mulheres empresárias presenciais e online, bem como de quase duzentas outras associações ligadas em todo o continente.

“O Plano de Acção do Banco Africano de Desenvolvimento para o Envolvimento com a Sociedade Civil 2024-2028 demonstra o nosso compromisso com a inclusão, a transparência e a responsabilização”, afirmou Beth Dunford no seu discurso de abertura.

Este projecto irá também promover a colaboração e o trabalho em rede. “As associações de mulheres empresárias são catalisadoras de reformas e inovações que promovem o empreendedorismo feminino e facilitam o acesso das mulheres aos recursos económicos de que necessitam para realizar todo o seu potencial”, afirmou Zeneb Touré, Chefe da Divisão da Sociedade Civil e do Envolvimento Comunitário do Banco.

Dagou Yvonne Nivine Gadji, representante da Fundação SEPHIS – que facilita o acesso ao financiamento bancário das PME geridas por mulheres na África subsaariana – sublinhou que as associações identificadas para o mapeamento seriam “catalisadores da reforma, adjuvantes do empoderamento das mulheres e um exemplo para o empoderamento de várias outras redes de mulheres empresárias”.

“Estamos realmente preocupados com a questão do acesso ao financiamento, que é muito difícil em África, porque a maioria das mulheres não tem garantia de angariar os fundos necessários. No entanto, existem financiamento em pequena escala que apoia as mulheres, mas as taxas de juro são muito elevadas. Pensamos que o programa AFAWA, através do GETF, nos poderá ajudar”, afirma Jacqueline Tientcheu, Presidente da Federação da Organização das Mulheres Empreendedoras da África Central (FOF-AC).

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