NASCIMENTOS MINAM PLANOS DO MPLA

O crescimento da população em mais de um milhão todos os anos, acompanhado dos actos de vandalização dos sistemas de abastecimento de água e de energia eléctrica, estão a “atrapalhar” os esforços do Executivo (do MPLA há 48 anos) que promete acabar com a falta do líquido precioso em todo o território angolano até 2027 por via do Plano de Acção do Conselho Nacional de Águas para o Quinquénio 2023/2027.

Por Geraldo José Letras

O Executivo que executa o povo há 48 anos promete acabar com a falta de água potável na capital do país, Luanda, até 2027, com a construção dos sistemas do BITA, de 250.000 metros cúbicos, e do Quilonga Grande, de 500 mil metros cúbicos.

A promessa vem do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, enquanto falava nesta sexta-feira, 15 de Dezembro, no final da 1ª Reunião Extraordinária do Conselho Nacional das Águas (CNA), orientada pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, que serviu para analisar o Plano de Acção para o Quinquénio 2023-2027.

“Nós temos como objectivo principal, até 2027, eliminarmos este défice que se vive hoje, que é de 50 por cento. Ou seja, 50 por cento da população não tem ainda acesso à água da rede pública”, afirmou o Ministro da Energia e Águas ao acrescentar que “,a construção desses sistemas será complementada com a das redes de distribuição que vão permitir que se mude a realidade em Luanda”.

Através do Plano de Acção do Conselho Nacional de Águas, João Baptista Borges, garante igualmente a implementação do projecto de saneamento inclusivo das cidades costeiras, a reabilitação e expansão do acesso à água em Menongue (Kwando Kubango), Benguela e Sumbe, Porto Amboim, Gabela, Waku Kungo (Kwanza Sul), M’Banza Kongo e Soyo (Zaire), bem como o aumento do abastecimento rural no Sul de Angola.

O governante prevê ainda a promoção da produção nacional de equipamentos e consumíveis necessários para os serviços de águas e instalações sanitárias a todas as escolas, unidades de saúde e estabelecimentos prisionais do país.

A nível do país, João Baptista Borges referiu que a taxa de acesso a água potável é de 65 por cento no meio urbano e cerca de 50 por cento na área rural.

“Temos um longo caminho a percorrer. E vocês têm que ter em conta também que, para além da população actual, nós estamos a crescer a uma média de 3,3 por cento por ano. Ou seja, todos os anos somos mais um milhão”, exemplificou.

Além do crescimento anual da população em mais de um milhão, para o Ministro da Energia e Águas, a vandalização dos sistemas de abastecimento de água e de energia eléctrica estão a causar embaraços aos esforços do Executivo no sentido da normalização da situação.

“A destruição de sistemas de bombagem, o roubo de células fotovoltaicas que garantem o bombeamento de água em algumas regiões, o roubo de tubos, motores e etc., têm estado a contrariar o esforço que o Executivo faz de investimento nessas infra-estruturas”, lamentou.

O Plano de Acção do Conselho Nacional de Águas para o Quinquénio 2023/2027 recomenda também o Ministério do sector, a elaboração da Estratégia Nacional de Combate e Prevenção de Doenças de Transmissão Hídrica, bem como a construção de infra-estruturas integradas de abastecimento de água, saneamento de águas residuais e pluviais, assim como a implementação de projectos integrados de distribuição de água em pólos de desenvolvimento industrial e parques industriais rurais.

O Executivo também projecta a construção e reabilitação de barragens com elevada capacidade de armazenamento e a elaboração do Plano Nacional de Segurança de Barragens e Ordenamento de Albufeiras.

A recuperação e desassoreamento de 43 barragens de alvenaria de pedra e retenção de água nos municípios da Bibala, Camucuio, Moçâmedes e Virei, na Província do Namibe, bem como a reconstrução de barragem hidroagrícolas e de perímetros irrigados constam igualmente do referido plano, conforme promessas de João Lourenço durante o seu discurso de tomada de posse para o segundo mandato na Presidência da República de Angola em 2022.

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