A leitura da sentença do major angolano Pedro Lussati, ligado à Casa de Segurança do Presidente da República (hoje Casa Militar), João Lourenço, e alegado cabecilha de um grupo que defraudou o Estado angolano em milhões de dólares, está marcada para 10 de Novembro. A informação foi avançada pelo mandatário do major, Francisco Muteka.
O Ministério Público (MP) angolano pediu “condenação máxima” para o major Pedro Lussati e os restantes 48 co-arguidos por agirem de “má-fé” e de “forma dolosa”.
O número de crimes “e, em concurso, a gravidade dos mesmos, o facto de os arguidos estarem orgulhosos da prática dos crimes que cometeram, a apetência pela acumulação primitiva de capitais em prejuízo da maioria dos angolanos privados de emprego, ocupados por fantasmas, quando as vagas deveriam ser preenchidas por devidas almas”, são factores que, no entender do MP, devem concorrer para a moldura penal.
Nas alegações em sua defesa apresentadas no dia 24, o major disse que está a ser usado como bode expiatório, numa guerra híbrida entre os superiores, pediu a devolução do seu património e lamentou que esteja a usar uniforme dos serviços prisionais, desde que foi detido.
Para o mandatário de Lussati, este será absolvido do processo por “insuficiência de provas e porque não tem responsabilidade na Casa Militar sob a gestão tão séria como aquela”.
Pedro Lussati, argumentou, que “era até à data dos factos um simples capitão e capitão não pode ter sob sua gestão uma Casa de Segurança onde tem generais, oficiais generais, pessoas de alta patente que nos termos do estatuto orgânico da Casa de Segurança do Presidente da República têm a competência de gerir aquele órgão”.