A administração do Caminho de Ferro de Luanda (CFL) disse hoje que regista diariamente o “roubo desenfreado” da sua infra-estrutura férrea, entre pregos, travessas e carril, protagonizado por jovens e crianças, alegadamente a mando de malianos e senegaleses.
“O que preocupa o sector ferroviário, neste momento, é o roubo desenfreado do material, pregação sobretudo, travessas, carril, são materiais de importação. Todos os dias assistimos ao roubo desses equipamentos, desse material que faz muita falta”, afirmou hoje o presidente em exercício do conselho de administração do CFL, Manuel João Lourenço.
Segundo o responsável, jovens e crianças, mandatados por cidadãos estrangeiros, estão envolvidos nesta prática que afecta também os caminhos-de-ferro de Benguela e de Moçâmedes.
“Há uma série de estrangeiros que insiste no vulgo sucata, temos em toda Luanda indivíduos de nacionalidade maliana, senegalesa que incitam a juventude, crianças ao roubo desenfreado deste material”, frisou.
“E este material vai para o peso, infelizmente esta é uma realidade e uma situação que preocupa os três caminhos-de-ferro de Angola”, disse à margem do primeiro Ciclo de Conferências Técnicas Rodoviárias de Angola, realizado hoje em Luanda.
A prática de vandalização de bens públicos, sobretudo das linhas férreas angolanas, foi também condenada pelo secretário de Estado para os Transportes Terrestres angolano, Jorge Bengue, quando discursava na abertura da conferência.
“Uma palavra de apreço à polícia nacional pelo trabalho que tem estado a desenvolver nos últimos meses relativamente à prevenção e o combate à vandalização das infra-estruturas ferroviárias. Continuem como têm feito, procedendo às detenções daqueles que insistem em vandalizar as infra-estruturas públicas que estão à disposição de todos nós”, exortou o governante.
Lusa