A Sonangol poupou 1.441 milhões de dólares (1.200 milhões de euros) com o programa de reestruturação da empresa em 2020, tendo sido decisiva para reduzir os custos da diminuição das importações de combustíveis.
Os resultados foram hoje apresentados, em conferência de imprensa, servindo a ocasião para assinalar também o 45.º aniversário da petrolífera estatal angolana.
Na apresentação dos dados preliminares sobre o desempenho operacional e financeiro da Sonangol em 2020, o presidente do Conselho de Administração, Sebastião Gaspar Martins, indicou também que os resultados operacionais (EBITDA) atingiram os 1.971 milhões dólares quase 60% abaixo de 2019, enquanto os proveitos operacionais reduziram para 5.982 milhões de dólares (-42,2%).
As reduções são fruto da descida do preço do petróleo bruto decorrente da pandemia de Covid-19, justificou Gaspar Martins, o que se reflectiu também nas necessidades internas: “Importámos muito menos do que em 2019”.
Gaspar Martins adiantou que a Sonangol está a preparar um concurso para importação de combustíveis a partir de Junho de 2021, para abastecimento do mercado interno.
Além da redução das importações de combustíveis (66%), contribuirão também para o saneamento financeiro os custos de estrutura (14%), custos da actividade mineira (12%) e custos com pessoal (9%), bem como o encerramento de contingências com o Estado.
Sobre os dois concursos relativos ao terminal da Barra do Dande, um responsável da Sonangol adiantou que manifestaram interesse no primeiro concurso (contratação de serviços de engenharia, ‘procurement’, construção e comissionamento – EPCC -, e de financiamento) 38 entidades, das quais 10 estão a concorrer, enquanto no concurso de fiscalização da empreitada foram convidadas 13 empresas, das quais seis acederam ao convite, prevendo-se a recepção das propostas até meados de Abril.
Lusa