A Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana formalizou a acusação dos mais de 20 arguidos, implicados no caso Lussati, entre militares e civis, acusados dos crimes de peculato e recebimento indevido de capitais, entre outros, foi hoje noticiado.
Segundo o porta-voz da PGR angolana, Álvaro João, em declarações à Rádio Nacional do MPLA, os arguidos e os respectivos advogados “foram já notificados da acusação e após a observação de algum formalismo legal, o processo será remetido a juízo para efeito de julgamento”.
Os cidadãos implicados, entre oficiais das Forças Armadas Angolanas (FAA) e civis, estão a ser acusados na prática de crimes de peculato, recebimento indevido de capitais, associação criminosa e branqueamento de capitais, nada que não faça parte – há 46 anos – do ADN do MPLA.
O major Pedro Lussati, ligado à Casa de Segurança do Presidente da República de Angola, João Lourenço, e tido como o cabecilha do grupo, está detido desde Junho passado, depois de ter sido encontrado na posse de milhões de dólares, euros e kwanzas guardados em malas, caixotes e viaturas.
Foram igualmente apreendidos vários bens móveis e imóveis do oficial militar das FAA indiciado pelos crimes de peculato, retenção de moeda e associação criminosa.
A detenção do major decorreu no âmbito da “Operação Caranguejo” e concorreu igualmente para a exoneração de vários oficiais ligados à Casa de Segurança do Presidente angolano, arrolados neste processo.
O general Pedro Sebastião, então ministro de Estado de Chefe de Casa de Segurança do Presidente, foi exonerado por João Lourenço, na sequência deste processo, e para o seu lugar foi nomeado o general Francisco Pereira Furtado.
Folha 8 com Lusa