O MPLA/JLo está a levar o país ao fundo do precipício, onde a bomba social poderá rebentar por saturação. Israel coloca sistema de espionagem nas paredes da nova sede da CNE, através de cabelagem de fibra óptica, capaz de enviar milhares de ficheiros em tempo real, para um posto fora do edifício, adulterar os dados e, numa outra pista, reenviá-los para os computadores da Comissão Eleitoral, já com a percentagem favorável ao partido no poder.
Por William Tonet
O desemprego aumenta, com o encerramento de mais 20 empresas entre 17 e 18 de Novembro 2021, o despedimento de cerca de 100 bancários do BPC e da SONANGOL, na semana finda.
A imigração de 198 jovens, para o exterior do país, entre 12 e 18, em busca de emprego e dignidade de vida, são a demonstração clara, da absoluta descrença na política económico-social de João Lourenço, principalmente depois de ter feito um decreto “assassino” do sonho de milhares de jovens pobres, ao ordenar o aumento das propinas dos colégios e universidades, propriedades de deputados e ministros do MPLA, insensíveis, eles, também, aos povos, pois amam mais o dinheiro do que o cidadão.
Em quatro anos de governação, a maioria dos angolanos regrediu e vive pior que na longa noite de trevas do partido único, igualmente o MPLA, que transformou a roubalheira, num dever revolucionário.
Por esse mundo fora, levantam-se gravíssimos problemas, próprios da situação delicada que a humanidade enfrenta, mas em Angola o pior não é o fim, mas a antecâmara que se desintegra, para patamares indescritíveis de tão conflituosos, como a fraude e batota deslavada.
A milionária empresa israelita com fortes ligações aos serviços secretos de Israel e menina bonita da Presidência da República de Angola, recebeu, “in extremis”, quando aumenta a fome e seca, desemprego e mortes por malária, de milhares de autóctones, mais um blindado e milionário reforço de USD 6,4 milhões de dólares e 115,3 milhões Kwanzas, através do Despacho Presidencial n.º 180/21, de 04 de Novembro.
A Assembleia Nacional foi pisoteada, qual gado, sem direito a informação e veto a mais um desvario do Executivo, ao afectar dinheiro unicamente para implantar um sistema de “cablagem espia”, capaz de conectar (ligar) a base central informática da CNE e os computadores individuais dos fiscais, a dois postos externos.
“Um desses postos será o gabinete de informática da Presidência da República, com capacidade de adulterar os dados informáticos lançados no sistema, pelas várias mesas de voto, fraudando dessa forma as eleições gerais, sem que muitos fiscais e observadores nacionais e internacionais, se apercebam, dessa engenharia”, disse em exclusivo, ao Folha 8, o especialista em redes, João Sousa.
Recorde-se ter o edifício onde funcionará a CNE sido vendido ao Estado, para não variar, por um alto dirigente do MPLA, por cerca de 38 milhões de dólares, quando antes o havia comprado (ao próprio Estado), por cerca de 1000,00 (mil dólares), “com o compromisso, do camarada Boavida, que era do sector, manter a produção industrial de refrigerantes, pois aí funcionou, desde o tempo colonial a fábrica Mission”, assegurou ao F8, Matias Francisco do Ministério da Indústria. É o delírio da ladroagem.
O interesse na construção de uma nova sede da CNE, mantendo os mesmos vícios procedimentais legais, quando o Estado tem milhares de imóveis devolutos e o povo morre de sede e fome, causados por uma desastrosa política económica, mostra o despreparo e a insensibilidade governativa.
Mas, em toda esta sarrabulhada, não passa despercebido o grande interesse de João Lourenço, que já visitou a obra em 21.08.21, entregue, por ajuste directo, à israelita Mitrelli Group, Ltd, com fortes ligações, segundo rumores, à Presidência, através do Despacho Presidencial n.º 84/20, no valor de 44 milhões 731 mil e 750 dólares.
É a lotaria da lavagem de dinheiro e corrupção gourmet, que com o novo montante de 6,4 milhões USD, ascenderá a 51,1 milhões USD. Não pode passar ao largo, ser este mesmo grupo que facturou à grande e à francesa, com a desgraça da pandemia de COVID-19, recebendo, também, por afectação directa, 19 milhões de dólares, para material diverso e, ainda, 17 milhões, para a construção de dois hospitais de campanha, cujo preço de mercado, estão fixados por menos de metade do preço.
Verdade ou mentira, a corrupção em quatro anos, pela sua ferocidade, supera a dos 38 anos de Eduardo dos Santos e cinco de Agostinho Neto.
Este é, pois, um “assunto-problema”, que interessa não só aos partidos políticos, com e sem assento parlamentar, como à sociedade civil, por dizer respeito aos mais altos interesses nacionais, carentes de urgente solução, ética e de contenção de gastos.
DOIS GOLPES DE ESTADO CONSTITUCIONAIS
O Presidente da República, aquando da sua participação na 76.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 23.09.21, ousou condenar o golpe de Estado militar, na Guiné Conacri, levado a cabo pelo coronel Mamady Doumboya, esquecendo-se, de que a acção deste ter sido decorrente do anteriormente dado (golpe) pelo presidente Alpha Condé, que havia alterado a constituição, para se reeleger… Em toda a latitude política, o acto configura, um golpe de Estado constitucional.
A comunidade internacional, por ironia do destino, não levou João Lourenço a sério, por estar a defender um déspota que maculara o fluir da democracia, provando, depois, do próprio veneno…
Em Angola, a alteração pontual da Constituição configurou o primeiro golpe de Estado constitucional do Presidente da República, vindo para consumar o enredo da fraude, através do controlo da máquina técnico-operacional e humana da CNE.
Segundo a teoria política, de Gabriel Naudé, na obra “Considerations politiques sur les coups d’Etat”, de 1639, “os golpes de Estado podem ser violentos ou não, no interesse de uma minoria/maioria. O golpe de Estado pode consistir simplesmente na aprovação, por parte de um órgão de soberania, de um diploma que revogue a Constituição e que confira todo o poder do Estado a uma só pessoa ou organização”. Este é o caso do MPLA/JLo…
Mas, tem mais, pois, no dobrar da esquina, 17.11.21, os legisladores do MPLA (maioria parlamentar), aprovaram por 132 votos a favor, nenhum contra e 41 abstenções da UNITA e CASA – CE, na reunião plenária ordinária da 5.ª sessão legislativa da IV Legislatura, da Assembleia Nacional, o projecto de alteração à Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais, prenhe de arbitrariedades, batotas e fraude eleitoral, inseridas nas normas jurídicas, visando, unicamente, blindar a visão e o interesse de poder, monocórdico do presidente do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço, por coincidência, siamês do Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço.
Esta lei, muito confusa e firula, foi caucionada, em sentido contrário, as aspirações de isenção e transparência, sugerida pelos demais partidos políticos e sociedade civil, configura o segundo golpe de Estado, dado pelo MPLA/JLo, partido e homem, que só estão no poder à “pouco menos” de 46 anos.
A extrema-unção, sacramento administrado aos moribundos políticos, é uma vitória de Pirro, por poder ser revertido, num contexto de extrema tensão social, por actores marginais a política, quando deviam ser tomadas decisões acertadas capazes de expressar a vontade da maioria dos povos e micro-nações.
É indispensável, esclarecimentos e informação abrangentes, sem os quais não será possível vaticinar condições de confiança, transparência, lisura e imparcialidade do órgão reitor eleitoral; a CNE (Comissão Nacional Eleitoral), para gerir o pleito eleitoral de 2022, dos mais agitados e ansiados…
A MODA DE IMPUGNAR
Hoje, tudo pode sair da gamela de qualquer pocilga, ou agente partidocrata, e ser entregue à PGR e Tribunal (partidocrata) Constitucional, integrado, maioritariamente, por membros do “Conselho da Revolução”, exímios militantes, membros do bureau político e comité central do “glorioso do mal” MPLA, que “cafricando” os órgãos de justiça, não teve pejo de os colocar na lama, também.
No capítulo da comunicação social do Estado que, num passado recente, transmitiam em directo fuzilamentos de inocentes ou estimulavam ao linchamento de militantes, que pensassem diferente de Agostinho Neto, em 1977, agora, o povo angolano já deve ter reparado que os diversos órgãos públicos de informação nos dão a conhecer, de forma imperfeita, os acontecimentos que ocorrem nas diferentes províncias do país, com maior incidência na cidade capital. Veja-se, transformaram um genocídio policial de Janeiro de 2021, em Kafunfu, como ataque de manifestantes, desarmados, às esquadras policiais, logo pela manhã, às 07 horas, depois às 13h e às 20h, dando a conhecer, com larga mentira e de forma distorcida, factos imputados ao Movimento Lunda-Tchokwe e ao partido UNITA e ao seu presidente, o engenheiro Adalberto da Costa Júnior.
E, neste regabofe, não têm vergonha, em exibir supostas agressões feitas por “supostos” militantes do Galo Negro a jornalistas das televisões públicas, TPA e Zimbo, quando a imagem era, afinal de um jornalista da Guiné-Bissau. Deslavada e grosseira mentira, suportada, por correntes de opinião de cidadãos previamente escolhidos por estes órgãos de informação que mais convém aos interesses do partido no poder, o MPLA.
Os comunicados do bureau político deste partido, tão frequentes, sem conteúdo digno, já nos são familiares e ninguém, de tão inócuos lhes dá ouvidos, tal como as constantes peças teatrais da velha liderança de Luanda, utilizando os meios públicos de informação para defender um partido moribundo.
As informações que devem ser noticiadas, referentes à fome, ao aumento crescente da alta criminalidade, o número crescente de famílias à procura de comida nos contentores; a falta de saúde; os casos de morte, por falta de cuidados de saúde e também por negligência médica; a imundice existente nas vias não asfaltadas, esburacadas e com charcos de água podre, junto às residências; a falta de transportes urbanos públicos, como em qualquer país civilizado; a falta de táxis devidamente organizados; aos casos de corrupção de muitos auxiliares do Presidente da República, bem como de governantes das províncias do Bengo, Cabinda, Namibe, Uíge, Benguela, Huambo, Kunene, Kwanza Norte, Malange, Lunda Norte, etc..
Os divórcios em consequência da carestia de vida, dos salários de miséria, que os chefes de família auferem; os casos de corrupção nas polícias, serviços de Investigação Criminal, Procuradoria-Geral da República e Tribunais, incluindo os do topo, são pura e intencionalmente omitidos; a guerra de guerrilha em Cabinda, as reivindicações nas Lundas e o grau de miséria e desemprego a que estão os povos sujeitos, indignam qualquer cidadão de bem.
Só numa ditadura, travestida de democracia, a informação fornecida pode ser, unicamente, aquela que se ajusta ao pensamento “nazista”, do MPLA.
Note-se, ainda, que os dirigentes do partido no poder, com base na fraude, em estado avançado de preparação, com ajuda de alguns países do Médio Oriente, Espanha, Portugal, Turquia e não só, afirmam que vão ganhar as eleições de 2022, mesmo perante os altos índices de reprovação e evidências transmitidas pelos vários cidadãos eleitores, em particular a juventude.
O país já perdeu longos anos, não pode, não deveria, perder mais um minuto, em especial a corajosa juventude, que deve meditar com calma e sentido de realidade, republicana, patriótica e democrática, para, decisivamente, contribuir para que no próximo ano: 2022, possa ser escorraçado do comando do país o “vírus político do mal”, para eleição de um governo supra-partidário, que transmita empatia pelo povo e que proporcione a este, educação, com professores, bem remunerados e reconhecidos, saúde de qualidade, médicos e enfermeiros, qualificados e estimulados, água, energia eléctrica, saneamento básico, emprego, transportes públicos urbanos, bairros periféricos limpos, organizados, com vias asfaltadas e com iluminação pública; táxis privados, sob a supervisão do Estado, com taxímetro e bandeirada acessível, ao bolso de todos; mercados municipais organizados; tribunais imparciais, Procuradoria-Geral da República apartidária e Forças Armadas, Polícia e Segurança de Estado, sem corrupção e enxame de corruptos.
E é por pairar no ar o espectro da corrupção, que os cidadãos, até hoje, esperam, que a ministra da Saúde e a Comissão Multissectorial para a vacinação, que ela integra, chefiada pelo chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, informem os povos angolanos como foram aplicadas as elevadas somas de dinheiro destinadas à compra das vacinas e outros materiais, avaliados em 17 milhões de dólares e 200 milhões de Kwanzas, entregues à empresa israelita Mitrell, que nunca forneceu, sequer, os preços unitários, para justificar, tão elevado orçamento.
Por outro lado, o inquérito mandado instaurar para se determinar a quem pertenciam os materiais de biossegurança que foram transportados numa aeronave fretada ao Egipto, pelo Estado de Angola, nunca teve resultado.
Como acreditar num executivo deste tipo, onde a raiva, ódio e vingança, causa mais corrupção e gastos financeiros, que no tempo do antecessor?
Responda, por favor, quem souber, por não haver um minuto a perder: pena é terem-se já perdido 46 longos e tortuosos anos, que devem, convicta e conscientemente, ser analisados e livremente discutidos, por todos.
O patriotismo não é monopólio exclusivo de um homem, um partido político ou corrente de opinião, até porque a infalibilidade humana é um mito ao sabor do qual, aliás, assassinaram milhares de angolanos, no 27 de Maio de 1977.
O MPLA não tem patriotas, talvez haja uma meia dúzia, o que tem, em maioria, é uma cáfila de criminosos, que lançou a maioria das famílias angolanas, para a miséria social, moral e económica, e destruíram, continuam e continuarão a destruir o país, se você, eu, ele, nós, todos descendentes dos reinos, que povoam o território, até hoje, denominado Angola, não acordarmos, imediatamente, gritando: BASTA e, nas urnas de 2022, materializarmos o grito, com o envio consciente de cada voto, dos nossos votos, não para o “partido do vírus do mal”, mas para as urnas da alternância.
Os singulares, os plurais, todos cidadãos estão fartos de mentiras, que se multiplicam a cada ciclo, daí a necessidade patriótica do grande DESPERTAR, que será o coveiro das mentiras dos dirigentes do “CORONA VÍRUS DE ANGOLA”: MPLA e dos seus órgãos de informação, tais como a TPA; TV ZIMBO (TPA 3); TV Palanca (TPA 4); Jornal de Angola; Angop; Rádio Nacional; Rádio Mais; Euronews e outros.