«A Frente de Libertação do Estado de Cabinda e as Forças Armadas Cabindesas-Flec/Fac, vêm por este meio, alertar à opinião pública Nacional e Internacional, pelo seguinte:
1- A África, desponta-se para total libertação, com o perfilar das últimas duas (2) Colónias da Península Ibérica, a de Sahara Ocidental e a de Cabinda, invadidas e ocupadas pelo Reino do Marrocos e pelo MPLA/Angola, respectivamente.
2- O silêncio das potências colonizadores, por apatia ou cumplicidade, tem revelado um caudalismo económico inconfesso, blindado em secretismos, pois nem os sucessivos Presidentes, Parlamentos ou Governos, têm em memória, as suas colónias ultramarinas, para a vergonha da UE e dos defensores da paz, da liberdade, da democracia e dos Direitos do Homem.
3- As populações, dos estados ilegalmente ocupados, os recursos naturais, o ecossistema, têm sido sistematicamente usurpados pelo terrorismo dos invasores que, agora pressionados, em cabeceiras tentam buscar as soluções atípicas para atenuar o que à muito teriam evitado.
4- Felizmente, todos quantos intervêm sobre Cabinda, reconhecem que o seu povo vive sob uma paixão:
– a independência nacional. Se alguém é duvidoso ou contra à opção, não é fazendo a guerra ou buscando soluções atípicas para alterá-la. A Constituição de Angola, pode acolher uma emenda sobre o Referendo à Cabinda.
Se existe algum instrumento jurídico que alterou à configuração geo-política de Cabinda, aceite internacionalmente e que substitui à tradicional, convidamos o regime à apresentá-lo e ser discutido.
Afinal, quem tem medo do diálogo?
Quem tem medo do referendo?
Quem tem medo da autodeterminação?
O MPLA, acolhido pelas Autoridades de Brazzaville, quando o Leopoldeville, já não era um berço, naquele território não procurou cooperar com a Flec que já existia antes, mas sim, empenhou-se seleccionar cabindas pacatos para as suas fileiras com falsas promessas nunca cumpridas para obter os apoios da população local que não tem, combatendo e ofuscando a Flec.
5- A Flec/Fac, ciente do programa, para o qual se debate sobre o futuro de Cabinda, aconselha ao regime ilegal, respeitar à paixão da maioria Binda e, negociar a sua retirada, tal como o fez a Indonésia em Timor.
É preciso aprender com os sinais, pois cada dia, tem o seu mal.
O plano do MPLA/Angola, de querer instituir um regime de minoria angolana sobre a maioria Binda, em Cabinda e instabilizar África Central, continuará atípico e está condenado ao fracasso, pois o Continente está em alerta.
6- Os discursos de cabeceira dos dirigentes do regime sobre Cabinda, já não têm lugar na consciência da população Binda, ávida de paz, da liberdade, desenvolvimento e democracia.
A Flec/Fac, felicita ao povo de Angola, pela paz interna alcançada à 4 de Abril de 2002, mas comemorá-la em Cabinda, foi a pior estratégia política, para o povo de Cabinda, que há 46 anos, deplora à vossa demagogia megalómana e destapada a dragonice política.
O Presidente,
Emmanuel Nzita»