A Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) anunciou a lapidação de um diamante rosa bruto de 46 quilates, recuperado da mina do Lulo, província da Lunda Norte, que foi transformado em três diamantes polidos.
A empresa diz que entre os três diamantes polidos se destaca um de 15.2 quilates em forma de coração, com uma cor rosa alaranjado intenso, classificado pelo Gemmological Institute of América (GIA).
Outros dois diamantes resultantes deste processo de lapidação do diamante bruto “de maior qualidade de gema”, já encontrado desde o início das operações na mina do Lulo, “são duas pêras de 3.3 e 2.3 quilates”.
O diamante bruto, segundo um comunicado da australiana Lucapa Diamond, uma das parceiras da Sociedade Mineira do Lulo, foi vendido em Março à South African Diamond Corporation (Safdico) por uma soma não revelada.
O presidente do Conselho de Administração da Endiama, Manuel Ganga Júnior, citado na nota, considerou que os resultados obtidos a partir do diamante lapidado são o “corolário das novas políticas governamentais para o subsector diamantífero angolano”. Até nisto a servil bajulação às “novas políticas governamentais” não poderia faltar.
“Constituem também provas físicas e visíveis do grande potencial da mina do Lulo, que pela qualidade e características dos diamantes que tem produzido, reforça a nossa confiança no futuro da indústria nacional de diamantes”, lê-se no documento, citando o presidente da Endiama.
Por seu lado, o presidente executivo (CEO) e director geral da Lucapa, Stephen Wetherall, também citado pela nota, considerou que “a recente promulgação do regulamento de comercialização de diamantes angolanos está a produzir o efeito desejado”.
A Sociedade Mineira do Lulo, que opera a mina com o mesmo nome, é formada pela estatal angolana Endiama, a australiana Lucapa Diamod e a Rosas e Pétalas, também angolana.