AVISO: Informamos o Departamento de Informação e Propaganda e Informação do “Burrou” Político do Comité Central do MPLA de que não temos livro de reclamações na nossa cubata. Também pretendemos informar, à priori, que somos totalmente insensíveis aos vómitos hipócritas das ruminações que pretendam efectuar acusando-nos de ofender a mulher angolana e de descriminação de género.
Por Domingos Kambunji
O que se segue é uma observação crítica sobre a espécie de demagogos, mais concretamente sobre a subespécie parasitária das contradições que está instalada na cultura imposta na Re(i)pública da Angola do MPLA.
A Luísa Damião transformou-se em mais uma anedota ambulante que rasteja no universo do ridículo da Re(i)pública da Angola do MPLA. O exagerado número de disparates que transpira para auditórios anquilosados revelam um elevado teor de fanatismo saprófita.
A funcionária privativa do presidente do MPLA que, abusando da megalomania escatológica, se apresenta como vice-presidente do MPLA regurgitou na Universidade Assassino Agostinho Neto uma “oração de sapiência matumba”, um discurso laudatório sobre o fundador da guerra civil em Angola, o tal que deu a “ordem superior” para fuzilar dezenas de milhar de cidadãos angolanos.
Uma verdadeira oração de sapiência obriga a uma investigação profunda sobre factos e dados científicos para poder ser objectiva e honesta. O que a Luísa Damião apresentou foi uma oração de subserviência, de lavagem da imagem pútrida de um déspota sanguinário.
É habitual aparecer o grupo de cangaceiros do MPLA a sabotar discursos ou a apresentação de publicações, com honestidade científica, que contrariem a história manipulada pelo Departamento de Propaganda e Informação do “Burrou” Político do Comité Central do MPLA.
A Luísa Damião sabe que não corre o risco de ser atingida com ovos ou tomates podres arremessados pelos cangaceiros do MPLA. Ela é muito obediente a cumprir ordens superiores para distorcer os factos históricos, com o objectivo de promover um partido que é norteado pelas ideologias do oportunismo, da contradição e das falácias.
O Assassino Agostinho Neto é o mais que tudo para a Luísa Damião: o anjo da paz, o pai, o avô, a avó, o tio, a prima e o fundador da nação, a Nossa Senhora dos Milagres, o Santo Agostinho da Esperança, o génio inventor de todas as virtudes.
A Luísa Damião sabe que quem não é estúpido sabe que ela vende banha da cobra para sustentar a confiança de quem a colocou num poleiro de sofismas e mentiras, com o objectivo de engodar o povo angolano.
É muito triste observar a Luísa Damião, alguém que deveria ser intelectualmente honesta e racional, descer tanto para o subsolo lamacento do oportunismo político da distorção dos factos.
A Luísa Damião apresenta-se nos discurso de “lana-caprina” como democrata, ainda que os comportamentos do partido político onde exerce as funções de monangambé demonstrem que, na prática, o Re(i)gime da Re(i)pública da Angola do MPLA seja uma monarquia absolutista onde o presidente é senhor de tudo e de todas as decisões. Nem os deputados têm o direito de questionar os disparates praticados pelo Poder Superior.
A amnésia selectiva da Luísa Damião, provocada pelo vírus do fanatismo político, leva a vice do MPLA a ignorar o facto de Agostinho Neto ter sido o responsável máximo pela prática de crimes contra a humanidade no nosso país.
Se o Agostinho Neto era o supra sumo da perfeição, então porque é que se impôs como presidente do MPLA depois de ter perdido a eleição a favor de Daniel Chipenda?
Se o Agostinho Neto era um ser com tantas virtudes porque é que iniciou a guerra civil em Angola por temer uma derrota em eleições democráticas em 1975?
Se o Agostinho Neto foi um génio e um visionário para Angola então porque é que o nosso país está classificado no lugar 141, entre os mais atrasados do mundo?
Se o Agostinho Neto era um líder político muito inteligente então porque é que o MPLA abandonou a ideologia do marxista-leninismo “netiana” para dizer-se defensor do capitalismo cleptocrático e agora apresentar-se como seguidor do socialismo demagógico?
Se o Agostinho Neto foi o mais que tudo e todos, então porque é que o partido necessita de militantes fanáticos medíocres, como é o caso da Luísa Damião, para apresentarem discursos laudatórios acerca do fundador da guerra civil e dos fuzilamentos do 27 de Maio na Re(i)pública da Angola do MPLA?