ANGOLA. A petrolífera italiana ENI anunciou hoje que completou a avaliação do bloco de petróleo 15/06, na costa de Angola, confirmando a existência de 650 milhões barris de petróleo, podendo encontrar ainda mais no norte do sector.
“A ENI perfurou com sucesso [o poço] Agogo 2, a primeira avaliação da descoberta no Bloco 15/06, ao largo da costa de Angola”, escreve a petrolífera num comunicado hoje distribuído em Milão, onde está a sede da empresa, e no qual se acrescenta que “o poço confirma a existência de 650 milhões de barris de petróleo e indica uma perspectiva positiva no norte do sector, que será avaliado num novo poço exploratório”.
O Bloco 15/06, operado pela ENI, que tem uma participação de 36,8 por cento, e que junta também a Sonangol, com outros 36,8 por cento, deverá começar a ser explorado ainda este ano, mas até lá a ENI diz que vai “continuar as actividades de exploração para aferir o potencial total e o tamanho desta nova descoberta”, antevendo a produção de mais de 15 mil barris diários nesta zona.
No comunicado, a petrolífera italiana diz que “a cota-produção em Angola conta com cerca de 150 mil barris de petróleo equivalente por dia” e acrescenta que “no Bloco 15/06, a ENI opera dois projectos de desenvolvimento de petróleo, o Pólo Oeste e o Pólo Este, que têm um produção actual de cerca de 155 mil barris de petróleo por dia”, para além de ser também a operadora do Bloco Cabinda Norte.
“Angola desempenha um papel chave no crescimento orgânico da ENI”, conclui a petrolífera italiana.
A 15 de Março, em Milão, o presidente executivo da ENI, Cláudio Descalzi, salientou que Angola é “um grande exemplo do modelo de exploração e de aplicação da tecnologia”, salientando que os poços Kalima, Afoxé e Agogo podem entrar em produção em três anos.
“O Bloco 15/06 é um grande exemplo do nosso modelo de exploração; até agora perfurámos 21 poços com uma taxa de sucesso de 86 por cento, descobrindo mais de 4 mil milhões de barris com uma produção de mais de 150 mil barris por dia”, disse então Descalzi ao apresentar a estratégia da empresa para os próximos três anos.
“Nos últimos meses, fizemos três grandes descobertas de óleo leve, em Kalima e Afoxé, estimamos ter 400 a 500 milhões de barris, e há algumas semanas descobrimos um novo gigante em Angola, que pode conter até 650 milhões de barris”, disse o líder da petrolífera.
“Vamos acelerar o desenvolvimento destes novos poços usando as instalações actuais”, acrescentou Claudio Descalzi, na parte da intervenção que incidiu sobre Angola.
O campo Kalimba foi descoberto em Junho do ano passado a sudeste do Bloco 15/06, e pode ter até 300 milhões de barris de óleo leve, ao passo que o Afoxé foi encontrado já em Dezembro, na mesma zona, e pode ter até 200 milhões de barris.
A nível mundial, a petrolífera italiana espera aumentar a produção em 3,5 por cento por ano durante os próximos três anos, apontando como meta a neutralidade das emissões de carbono resultante das suas actividades até 2030.
As riquezas que este laboratórial país esconde é impressionante…