Palhaçada eleitoral

É uma enorme palhaçada o processo eleitoral em Angola. A tentativa de procurar disfarçar as trafulhices é um enorme fracasso e verifica-se que as individualidades que emitem as “ordens superiores” demonstram, com atitudes e comportamentos criminosos, que as eleições não são imparciais e são exageradamente desonestas.

Por Domingos Kambunji

Comecemos pelo processo de recenseamento eleitoral, onde já várias pessoas desmascararam ilegalidades. Em nenhum país civilizado os órgãos de comunicação gastam tanta tinta e tantas palavras a elogiarem o recenseamento dos eleitores. Os órgãos de informação social, pagos pelo MPLA com o dinheiro de todos os angolanos, não se cansam de vomitar que o recenseamento foi um enorme sucesso. Este tipo de atitude leva-nos a desconfiar de que foi uma enorme trafulhice.

Nos países democráticos não se perde tempo a gabarolar o processo de recenseamento porque é um acto perfeitamente normal, com honestidade. A “banha da cobra” que o Jornal de Angola, a TPA e a RNA tentam vender, obedecendo a “ordens superiores”, faz-nos crer que o processo goza de inúmeras irregularidades e ilegalidades.

Uma dessas irregularidades é ter o Bornito de Sousa, Bento Kangamba – o capanga de João “Malandro” Lourenço, como soba de um processo que deveria ser independente. Acreditar que o Bornito de Sousa é o independente seria o mesmo que confiar o posto de Alto Comissário da Polícia a um ladrão, ou entregar a segurança de um galinheiro a uma raposa.

Outra enorme vigarice é a utilização de dinheiros do Estado (ou seja, de todos nós, para custear directa e indirectamente a campanha do MPLA. Aqui também se inclui a utilização abusiva dos órgão de comunicação do Estado, demasiadamente eunucos e fanáticos pelo MPLA.

As manifestações de bajulação aos principais malandros do MPLA são altamente estimuladas, subsidiadas e protegidas. As manifestações a favor da democracia e da defesa dos direitos humanos são violentamente reprimidas.

Um grupo de jovens manifestou-se contra a enorme palhaçada e as trafulhices, que referimos anteriormente, do processo eleitoral. As manifestações foram reprimidas, os jovens agredidos e sete deles foram detidos e serão julgados (e condenados como exige o Presidente), com uma enorme celeridade, pelo sistema judicial presidencial. Uma das acusações é de que partiram um vidro de uma viatura da “pulhícia”, destruíram (?) propriedade do Estado, isto é, propriedade do MPLA.

Ora, aqui está uma enorme demonstração da palhaçada que observamos com as “ordens superiores” em Angola.

A jovem Laurinda Gouveia foi violentamente espancada pela “pulhícia” do MPLA, provocando-lhe danos físicos e psicológicos. A palhaçada que dirige os ministérios do “Interror” e da “Injustiça e dos Direitos Desumanos” demonstrou uma enorme cegueira e conivência e os carrascos da “Pulhícia” Nacional do MPLA (de Angola não é com certeza) não responderam em tribunal pelos crimes que praticaram.

O processo do rapto e fuzilamento dos jovens Cassule e Camulingue foi outra grande palhaçada.

Os jovens Ganga e Rufino António foram mortos por indivíduos que obedeceram às ordens superiores do MPLA. Os ministérios do “Interror” e da “Injustiça e dos Direitos Desumanos”, mais uma vez, demonstraram cegueira e mudez e o “Porcariador Geral da Reipública” demonstrou uma enorme conivência com a criminalidade.

O MPLA continua a tentar fazer esquecer os crimes praticados no 27 de Maio de 1977, que promoveram a prepotência e favoreceram o sucesso politico e novo-riquismo de alguns dos principais malandros do MPLA. O sistema judicial presidencial continua cego, surdo e mudo.

Conclusão: partir o vidro de uma viatura da “pulhícia” é um crime mais hediondo do que raptar, torturar e fuzilar cidadãos angolanos.

São estes valores e são estes os ideais que nortearam a escolha de João “Malandro” Lourenço para ser nomeado como herdeiro do trono de Angola. Seria bom que os angolanos não emudecessem ou cegassem com o conformismo reinante nesta paz podre.

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