ANGOLA. O grupo sul-africano Shoprite, da área do retalho, pretende investir quase 540 milhões de euros em Angola, para aumentar a rede de distribuição no país, que é já uma das suas principais apostas internacionais, com 53 lojas.
De acordo com o contrato de investimento com o Estado angolano, o projecto do grupo sul-africano envolve a abertura nos próximos cinco anos de 15 centros comerciais, 22 supermercados (três já em funcionamento desde 2015), um armazém e duas estruturas residenciais para quadros, além de melhoramentos em quatro supermercados.
O projecto, avaliado em 571,7 milhões de dólares (537 milhões de euros) e já aprovado pela Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), vai abranger 11 das 18 províncias do país e a criação, estimada, de 5.613 empregos para angolanos, dos quais 3.278 só em Luanda.
O investimento, de acordo com a informação da empresa, será garantido através de fundos do grupo no exterior e visa capitalizar a sociedade de modo a aumentar e potenciar a sua rede de retalho em Angola.
A diminuição das importações, estimulando a produção nacional, a agricultura, a pecuária e as pescas locais são impactos socioeconómicos deste projecto, segundo os investidores.
Em contrapartida, o contrato com a UTIP prevê a atribuição de incentivos fiscais ao grupo Shoprite, como a redução de 65% no pagamento de impostos Industrial, sobre Aplicação de Capitais e de Sisa, por um período de 10 anos.
Aquele grupo sul-africano está presente no país através das sociedades Shoprite Supermercados, Mercado Fresco de Angola e Shoprite Angola Imobiliária.
Em 2016, o grupo inaugurou a maior loja no país, em Luanda, renovando a anterior, destruída por incêndio dois anos antes. Representou um investimento de 50 milhões de dólares (46,9 milhões de euros) e cerca de 400 postos de trabalho (mais 100 do que o anterior), tornando-se num dos mais concorridos da capital angolana.
Presente em Angola desde 2004, o grupo Shoprite foi criado na África do Sul em 1979, operando hoje em mais 15 países. É o maior grupo de retalho e distribuição em África e opera mais de 2.100 lojas.
Lusa