A experiência de vida, de trabalho suado, honrado e honesto, levaria qualquer comerciante avisado (por ser diferente do empresário do regime, que tem dinheiro sem suor), a traçar linhas programáticas para contornar o actual estado económico, que endivida o país, cada vez mais, em obras dispensáveis de betão, como pontes aéreas e trevos, quando as populações das redondezas, carecem de água, luz, cadeiras, cadernos escolares, aspirinas, seringas e luvas nos hospitais públicos. É o desvario total.
Por William Tonet
O comerciante avisado, o empreendedor comprometido, abandonaria a política dos paliativos, adoptando planos simples e eficazes, capazes de permitirem a rotação de capital interno, o emprego com carteira assinada e o relançamento da pequena e média empresa, regra geral o coração de qualquer economia salutar.
A actual política económica e social é desregrada, cega, egoísta e corrupta, daí nada andar, quando o preço do barril do petróleo baixa no mercado internacional. Sendo verdade o atrás vertido (crise mundial), também o é a clara incompetência do Titular do Poder Executivo, na elaboração de um plano B.
É um regime assente, exclusivamente, na lógica do crude, tendo “ab initio”, transformado, desde 1975, esta riqueza na sua propriedade privada, sem outorga de mandato soberano do povo, engendrando todo tipo de batota, como a de conferir, exclusivamente, ao MPLA, cerca de USD 5,00 (cinco dólares) por barril de petróleo exportado.
CONFIRMADO é um roubo doloso, passível de procedimento criminal, por associação de quadrilha, cuja engenharia é a delapidação contínua de património comum… É petulância, assente numa vaidade umbilical extrema, indiferente aos mais altos e sublimes interesses dos povos que sofrem, face à privatização arrogante, de um bem que a todos pertence, mas apenas a um serve.
A visão oblíqua e irresponsável de surripiar e desbaratar as reservas cambiais do país, tornam-no vulnerável e sem crédito internacional, por um lado e, por outro, o mais grave, a economia interna de tanga, uma vez, as divisas acumuladas, em tempo de bonança, no Fundo Soberano, por exemplo, terem sido desbaratadas a bel-prazer de um grupo restrito, devidamente identificado, que, ainda assim, não se coíbe de franquear, também, os cofres públicos.
Um comerciante, seguramente, faria melhor gestão e, transformaria as reservas em molas de contenção da crise, aplicando melhor os fundos, em projectos viáveis, capazes de impulsionarem a economia e a rotação do capital, excluindo a apetência em obras megalómanas, sem urgência prática na vida das populações.
A lógica do regime de desbaratar os cofres públicos, permite, alegadamente, ao Presidente da República, cegar as elites, política, militar e policial, “prendendo-as” na longa “manus da corrupção”, feita instituição, com a cumplicidade dos tribunais e juízes partidocratas, que controlam e dominam as magistraturas, do Ministério Público e Judicial.
O comerciante deixou de sonhar e de poder fazer planos de provisão, porque os bancos comerciais, autênticos sorvedouros do MPLA, deixaram de desempenhar o seu papel, de apoio a economia, uma vez, os ricos concentrados no mesmo clube ideológico, feitos à imagem da ”ACUMULAÇÃO PRIMITIVA DE CAPITAL”, por José Eduardo dos Santos, são afinal, simples endinheirados, sem qualquer visão comercial de desenvolvimento e responsabilidade de rentabilização dos financiamentos recebidos.
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