Foi no dia 4 de Julho de 2010 que um conjunto ainda restrito de indivíduos de várias proveniências políticas e partidárias, animado pelo sentir único de contribuir para o desenvolvimento democrático de Angola, decidiu dar corpo à ideia de criar um partido político capaz de materializar tal objectivo.
Assim nasceu o Bloco Democrático, Para o qual o capital político da auto-extinta FpD – Frente para a Democracia – foi decisivo.
Desde então, o Bloco Democrático tem sobrevivido a todas as tentativas de o enfraquecer e mesmo até silenciar, desde o plano legislativo, ao fechamento de espaço público e até a agressão dos seus dirigentes. Contudo, continua firme, enraizando-se nas mais diversas camadas sociais do nosso país, em especial entre os jovens e os menos bafejados pela sorte.
O partido mantém-se fiel aos princípios de liberdade, democracia e cidadania. O BD reafirma, mais uma vez, a sua disposição e disponibilidade para contribuir para uma sociedade inclusiva em que o bem-estar individual se realiza com o bem-estar social. O desejo de ajudar na construção de uma sociedade moderna e de bem-estar geral é outra das sua aspirações. Tal só será possível se contar com o apoio e o engajamento da sociedade e com o esforço abnegado dos seus militantes, simpatizantes e aderentes.
O BD apela a um maior empenho de todos quantos sentem ser urgente e imperioso uma melhoria da qualidade da nossa sociedade, assente nos valores da Democracia e do Estado de Direito. O BD afirma que nunca abdicará da visão nacional de que o património de Angola é de todos os angolanos, competindo a todos definir como geri-lo e distribui-lo para o bem comum e reprova de forma contundente as práticas de nepotismo, corrupção, tráfico de influência que transforma o país numa coutada privilegiada de meia dúzia de magnatas, tendo à cabeça o seu Presidente.
“Está por demais evidente o recuo que hoje se verifica na nossa sociedade, onde se prolifera a intolerância, a violência gratuita, a corrupção, o nepotismo, os condimentos que dão corpo às ditaduras. Não tenhamos dúvidas, que estamos perante um verdadeiro estado de emergência nacional, que nos poderá conduzir à instalação de uma ditadura sem disfarces”, afirma o BD.
As forças antidemocráticas, acrescenta o BD, “já não escondem as suas garras nem disfarçam os seus apetites leoninos. Temos, pois, que lhes dar combate democrático em todo o terreno e em todas as dimensões da vida nacional. Isso implica uma maior coordenação com as forças políticas na oposição realmente interessadas numa mudança de vida para os angolanos, bem como aqueles que, embora engajados em outras forças políticas, comunguem este nobre sentimento”.
O partido “repudia com veemência as prisões arbitrárias que se multiplicam a cada dia e diz um Basta!”
A Comissão Política do Bloco Democrático aproveita a passagem de mais um aniversário “para saudar os seus militantes, assim como todos quantos se revêem neste projecto e manifesta o seu desejo de mobilizar um número cada vez maior de cidadãos para o combate democrático à ditadura que já não se esconde.”