Os partidocratas, há mais de 40 anos, não têm soluções, não têm estratégia, não têm um programa sério para combater a crise, que a sua própria incapacidade gerou.
Por William Tonet
Não é honesto apontar a baixa do preço do petróleo, como a exclusiva responsável pela actual situação económica e social dos angolanos, quando uns poucos se fartaram de roubar.
Roubar a granel, para não falar, mafiosa e anti-patrioticamente…
Honesto é reconhecer a forma depravada, como o erário público foi, e está a ser, institucionalmente, delapidado, por um grupo, cada vez mais ambicioso e insensível, perpetuado, não pela força da liberdade, da democracia e do voto, mas pelas armas, por exércitos privados, polícia partidarizada e Segurança de Estado, numa ambição sem limites, ao ponto de, para o campo coberto, com o apoio diabólico de padres e pastores, instrumentalizam e corrompem grande parte das igrejas cristãs.
Tal como fazia o colono branco, agora, o colono negro, bestializa os cidadãos, pela fé, bebida, música e futebol, contando com o concurso dos peões, implantando mais igrejas, por metro quadrado, que escolas, para uma alfabetização besta, onde a incompetência e roubalheira governamental, são transformadas como fatalidade divina.
Divina é a paciência dos autóctones, aguentando tanto sofrimento, discriminação, má governação, roubalheira e corrupção, todo este pacote, sem indignação.
A omissão, o medo e o comodismo, popular, no caso, constituem o viagra, para estimular a incompetência do regime, logo é preciso, uma séria inversão.
O povo tem de fazer acontecer, dando um BASTA NA CORRUPÇÃO. Não pode continuar acobardado, com medo da mudança, quando é detentor da soberania.
As armas e as baionetas do regime, um dia, não aceitarão atravessar os corpos dos cidadãos, diariamente despojados das suas terras, atirados ao relento, roubados e assassinados na zunga, por uma força armada chamada de fiscalização, na verdade, um exército de gatunos do regime, que rouba, espanca e assassina, descaradamente, à luz do dia, os ambulantes, as zungueiras e os comerciantes, com a maior das impunidades. Na esquina de tudo isso, não será possível uma alternância pacífica se não houver elevação do presidente Eduardo dos Santos, para uma solução de diálogo sério, em pé de igualdade, com todas as forças políticas, visando esbater os recalcamentos e os ódios que campeiam.
Se nada for feito, de substantivo, não tenhamos dúvidas, estaremos a adiar a explosão social imprevisível, porquanto esta é, também, a hora de todos os povos oprimidos de Angola, unirem as vozes, numa grande onda de união, para reflectir sobre LIBERDADE, DEMOCRACIA, e quais as ferramentas para se correr com a CORRUPÇÃO e os CORRUPTOS, insensíveis ao sofrimento dos cidadãos!