Estamos a ser governados e chefiados por um grupo de matumbos megalómanos, doentia e sanzaleiramente narcisistas! O Menezes Cassoma, porta-voz do Serviço Penitenciário Angolano, porque não se cala? Porque insiste em apresentar-se como cangaceiro inspirado e orientado por ideais de estupidez?
Por Domingos Kambunji
Viemos a terreiro apenas para desmontar a teia de falácias e contradições de um sistema político e de uma instituição penitenciária que revelam ter o máximo desrespeito pelos valores mais fundamentais da dignidade humana, para todos aqueles que não pertencem à oligarquia do MPLA. Nada mais seria de esperar de indivíduos que têm o seu percurso politico e profissional alicerçado nos princípios do 27 de Maio e nas ambições que contribuíram para que o MPLA decidisse iniciar a guerra civil em Angola.
A realidade social demonstra que quando este tipo de indivíduos cai em desgraça, aos olhos do presidente, são geralmente substituídos por personalidades de igual ou pior incompetência, para que se possa manter o status quo.
O Cassoma veio desculpar a existência de campos de concentração nazis no Serviço Penitenciário de Angola, com o argumento de os prisioneiros “padecerem de tuberculose, serem seropositivos e padecerem de outras doenças…”
Num país em que a filha do Presidente compra um diamante por sessenta milhões de dólares, através de uma procuração passada ao marido, o Reigime não tem algumas migalhas desses muitos milhões e biliões para assistência médica e alimentação dos presos no Sistema Penitenciário e dos presos, em aparente Lliberdade, na sociedade angolana em geral?
Magic Johnson é portador do vírus da SIDA, há muitas dezenas de anos, goza de boa saúde. São inúmeros os casos de tuberculose tratáveis, sem haver necessidade de grandes investimentos nos sistemas de saúde. As “outras doenças” merecem acompanhamento médico e não é o facto de esses angolanos se encontrarem privados da liberdade e da cidadania que justifica a perda dos seus direitos humanos.
O Cassoma parece um catavento. Primeiro veio a público explicar que as fotografias dos “campos de concentração Nazis”, nas cadeias do MPLA, eram antigas e o problema já estava resolvido. Agora aparece dizendo que, afinal, os prisioneiros famintos e esqueléticos são apenas doentes…
A prisão dos “Revús” acabou por destapar uma caixa de Pandora, mostrando quão hipócrita e incivilizado é o Reigime. É este o país que advoga um assento permanente para países africanos no Conselho de Segurança da ONU, quando não consegue garantir a segurança e a dignidade para os seus cidadão! Que moralidade têm os megafones do cabritismo para defenderem a segurança mundial quando, na realidade, são tão inseguros e charlatães, mentirosos?
Nojo e revolta são as palavras mais indicadas para exprimir os nossos sentimentos em relação aos “Menezes Cassoma do MPLA” e a todos os outros que parasitam e são saprófitas numa cultura de medo, conformismo, negligência e corrupção.
A reportagem, no New York Times, do Nicholas Kristof é um documento muito humilhante para a “demóniocracia” de Angola. Este jornalista, nos circuitos da cleptocracia angolana, passou a ser persona non grata por demonstrar quão maquiavélica é a (des)organização social da Reipública de Angola, com crimes contra a humanidade a serem praticados diariamente, com a maior impunidade.
Só fica uma pergunta por responder: Quem deverá ser acusado e julgado por estes crimes conta a humanidade? José Eduardo dos Santos? O Ministro do Interror Ângelo Tavares? O Rui Mangueira, Ministro da Injustiça e dos Direitos Desumanos, por conivência? O Menezes Cassoma e os que lhe dão “ordens superiores”? Ou todos estes cangaceiros, ao mesmo tempo?
Os órgãos de propaganda e informação do Reigime não se cansam de dizer que, depois dos acordos de paz, José Eduardo dos Santos já fez muito em Angola. Fica-nos a certeza de que se continuar a controlar esta máquina maquiavélica irá continuar a fazer muito mais e muitíssimo pior.