DETIDOS SUSPEITOS DA MORTE DE UM POLÍCIA

ANGOLA. A polícia angolana anunciou hoje a detenção de 10 pessoas supostamente envolvidas no homicídio de um agente, durante a tentativa de fuga massiva de detidos numa esquadra de Viana, arredores de Luanda, em que foi ferido outro polícia.

Em conferência de imprensa, o director-adjunto do Serviço de Investigação Criminal (SIC) da província de Luanda, superintendente Jorge Perdeneiro, informou que os suspeitos, com idades entre os 16 e 30 anos, são nove cidadãos nacionais e um da República Democrática do Congo (RD Congo).

O caso ocorreu no dia 2 de Outubro na esquadra do Bita Progresso, tendo resultado na morte de um subinspector e ferimentos graves de um agente, que continua hospitalizado.

Jorge Perdeneiro referiu que continuam foragidos sete suspeitos, salientando que o móbil do crime visou o resgate das celas daquele posto policial de um indivíduo, da RD Congo, acusado do crime de roubo qualificado de viaturas e homicídio e que continua em fuga.

“Este indivíduo havia sido detido em flagrante na posse de uma viatura roubada, com uma arma de fogo”, disse o director-adjunto de Luanda do SIC, acrescentando que o mesmo se encontrava detido na esquadra do Bita Progresso há três dias e era já foragido da cadeia do Bentiaba, província do Namibe, onde cumpria uma pena de 19 anos, de onde se evadiu em 2013.

O responsável disse que a violação de procedimentos de segurança permitiu o assalto àquela unidade policial, “porque tendo ali detido um indivíduo altamente perigoso, há orientações específicas como proceder”.

“Com base nisto está a decorrer um processo disciplinar e a responsabilização criminal por parte de alguns efectivos que estavam de serviço”, referiu.

A polícia deteve igualmente três suspeitos, todos nacionais, envolvidos no crime de roubo e homicídio voluntário por disparos de armas de fogo, que resultou na morte, no município do Cazenga, em Luanda, de três membros da mesma família.

Questionado se há um aumento da criminalidade, Jorge Perdeneiro disse que as estatísticas não reflectem esse cenário, admitindo apenas que a nova tipologia de crimes passa essa percepção.

“Há sim novas formas de actuação, como este caso de assalto à esquadra, que não é um crime típico da nossa sociedade, como também aconteceu com o caso de raptos, não eram cidadãos nacionais que praticavam esse tipo de crimes. São as formas que vão criando esse sentimento de insegurança, que dá a perceber que o crime está a aumentar”, referiu.

Descartou igualmente que o suposto aumento da criminalidade esteja ligada à amnistia recentemente aprovada, já que a mesma não abrangeu os crimes violentos.

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