ANGOLA. O Banco BIC Angola está a fazer contactos em Macau para que possa no curto e médio prazos abrir uma sucursal ou criar um banco de direito local, com a marca BIC, anunciou na cidade de Macau, o presidente do Conselho de Administração, Fernando Teles.
Em declarações à Angop a propósito da participação do banco angolano na Conferência de Empresários e Quadros da área Financeira da China e países lusófonos, o gestor disse justificar-se a abertura de um banco em Macau, porque a região constitui uma ponte entre os lusófonos e os chineses.
“Os bancos angolanos têm já uma presença em África e na Europa, mas na China não há bancos angolanos. Estamos a fazer diligências para eventualmente arranjar um parceiro em Macau para abrir aqui um banco, uma sucursal ou um banco de direito local”, disse o gestor do maior banco privado em termos de rede de balcões no país.
“Temos tido reuniões com algumas instituições para concretizar essa intenção”, disse, para quem Macau está aberto ao investimento, sendo uma plataforma de penetração ao mercado chinês.
O interesse do BIC se instalar no mercado chinês é grande, pois além de Macau e Hong Kong, há a parte continental do país que constitui um grande mercado e uma economia muito forte.
Relativamente ao fórum dos empresários da China com os lusófonos, realizado no âmbito da 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Cooperação Económica e Comercial da China com os Países de Língua Portuguesa, Fernando Teles destacou a importância do evento para troca de informações e de ideias.
Disse ser importante que os empresários angolanos participem neste tipo de evento. A China é uma grande economia. Todos os países de língua portuguesa têm relações com a China, por via das exportações ou do investimento que os chineses estão a fazer em grande parte dos países lusófonos, sobretudo em Angola.
“Há muitos chineses a investirem e isso faz com que as relações entre a China e os vários países lusófonos continuem a crescer todos os dias. E daí esses fóruns que se realizam regularmente com uma presença governamental forte de vários países isso ajuda a ultrapassar várias situações que as vezes demoram para ser resolvidas”, observou.
“O nosso objectivo é continuar a crescer. Pretendemos uma relação mais fortificada e aumentar os negócios. Há muitas empresas chinesas com negócios e pretende-se ter uma melhor relação com essas empresas”, disse.
“Quanto à entrada de empresas privadas chinesas no mercado para ajudar no processo de diversificação da economia, disse haver lugar para todos, mas os angolanos precisam de “know how” e crescer com parcerias.
“Infelizmente em Angola os empresários chineses as vezes preferem ficar sozinhos, mas acho que o caminho certo é fazer parcerias no mercado onde estamos”, concluiu.
Fonte: Angop