Angola ultrapassou a fasquia dos 900 postos de abastecimento de combustíveis no país, um crescimento de mais de 50 unidades face a Setembro de 2014, mas a oferta ainda é escassa nas províncias do sul.
A informação consta de um relatório do Ministério dos Petróleos de Julho, confirmando que o negócio é largamente liderado pela estatal Sonangol Distribuidora, com 494 postos – contentorizados e construídos de raiz -, operacionais em todo o país.
Segue-se a Pumangol, com 71 postos de abastecimento, e depois a Sonangalp, participada em 49% pela portuguesa Galp Energia e detida maioritariamente pela Sonangol, que operava, em Setembro de 2014, um total de 43 postos e que até Maio deste ano colocou em funcionamento mais quatro (47).
Trata-se também de um crescimento de 34 postos em quatro anos, nesta parceria luso-angolana lançada em Julho de 1994.
No entanto, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Francisco de Lemos José Maria, anunciou em Julho último a decisão da petrolífera angolana de desinvestir naquela parceria, por também ter este tipo de operação de retalho, projectando a alienação da sua quota (51%).
No total, Angola contava com 912 postos de abastecimento em funcionamento no mês de Maio, de acordo com o mesmo relatório governamental.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, com 1,8 milhões de barris de petróleo por dia, e depois de vários aumentos no preço dos combustíveis no último ano o litro de gasolina custa actualmente 115 kwanzas (83 cêntimos de euro) e o de gasóleo 90 kwanzas (65 cêntimos).
Além das três marcas de implantação nacional, a rede de postos de abastecimento de combustíveis angolana era constituída, em maio, por mais 300 operadoras de “bandeira branca”, das quais 221 instaladas em contentores ao longo das principais vias.
Ainda segundo os mesmos dados, a província do Cunene contava com a rede mais reduzida de postos de abastecimento, num total de 13, seguida do Cuando Cubango, com 17, e do Namibe, com 18, as três localizadas no sul do país.
No sentido oposto Luanda lidera, com 308, tendo recebido mais 23 postos só desde Setembro.
No mesmo relatório, sublinham-se os níveis alcançados neste tipo de serviço, que resultam da implementação da “política de Liberalização e Expansão da Rede de Comercialização de Derivados de Petróleo”, que visa ampliar a Rede de Distribuição de Combustíveis e Lubrificantes.