As reservas internacionais angolanas estavam avaliadas em Setembro em 21,3 mil milhões de euros, a primeira subida, ligeira, após cinco meses consecutivos de quebras, indicam hoje dados do Banco Nacional de Angola (BNA).
De acordo com o mais recente boletim do banco central angolano sobre o Panorama Monetário em Angola, as reservas internacionais líquidas do país atingiram em Setembro os 2.657.443 milhões de kwanzas (21.340 milhões de euros).
Apesar de continuar em valores mínimos do ano (o segundo mais baixo de 2014), esta é a primeira subida nas reservas angolanas ocorrida desde Fevereiro, segundo os mesmos dados do BNA.
As reservas internacionais cifravam-se em Agosto nos 2.638.490 milhões de kwanzas (21.187 milhões de euros).
No período anterior, entre Julho e Agosto, a quebra foi superior a 140,6 mil milhões de kwanzas (1,1 mil milhões de euros).
Estas reservas são constituídas com base em disponibilidades e aplicações sobre não residentes, bem como obrigações de curto prazo.
Incluem-se ainda as reservas em ouro angolanas, que em Setembro valiam 70,42 mil milhões de kwanzas (565 milhões de euros). Este valor compara com os 77,07 mil milhões de kwanzas (618 milhões de euros) em reservas de ouro contabilizadas pelo BNA no mês anterior.
A sucessiva quebra nas reservas internacionais, que no final de 2013 estavam avaliadas em 3.020.833 milhões de kwanzas (24.246 milhões de euros), foi justificada pelo banco central angolano pelo impacto da redução da produção petrolífera no país, registada no primeiro semestre deste ano.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, actividade que representa cerca de 98% do total das exportações do país.
O sector garantiu em 2013, segundo o Ministério das Finanças, 76% das receitas fiscais do país.