O Partido da Renovação Social (PRS), segunda maior força no Parlamento da Guiné-Bissau, vai manter-se no Governo do país apesar de posição contrária de vários dirigentes, revelou o porta-voz do partido, Vítor Pereira.
Adecisão de manutenção dos seis membros do PRS no Governo (três ministros e outros tantos secretários de Estado) foi tomada na reunião do Conselho Nacional do partido-
Segundo Vítor Pereira, porta-voz do partido fundado pelo falecido ex-presidente guineense Kumba Ialá, os conselheiros votaram “de forma unânime” pela manutenção no governo do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Um dos co-fundadores do partido, Mário Pires, antigo primeiro-ministro guineense, disse que apesar de votar mantêm a sua posição crítica sobre a presença do PRS no governo que considera “nociva aos interesses do partido” que, disse, devia ser oposição.
“Já não há oposição na Guiné-Bissau e isso é mau para democracia”, defendeu Mário Pires cujo posicionamento foi bastante criticado por sectores próximos à direcção do partido na reunião do conselho nacional.
O antigo ministro do Interior, Fernando Correia Landim é outra voz crítica que questiona o facto de Alberto Nambeia, presidente do partido e Florentino Mendes Pereira, secretário-geral, se juntarem ao poder, integrando, respectivamente as funções segundo vice-presidente do Parlamento e ministro da Energia.
“O partido ficou sem liderança pois os dois principais dirigentes estão ao lado do poder”, afirma Correia Landim.
O presidente do PRS, Alberto Nambeia, considerou de normais as vozes que se levantaram contra a sua direcção frisando a grandeza do partido que disse ter saído reforçada com o Conselho Nacional.