Operadora brasileira Oi, proprietária da PT, não está satisfeita com Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada por Isabel dos Santos. A Oi diz que este negócio altera os termos previamente acordados entre a PT e a Oi no âmbito da fusão. Nada que, se for preciso, a “camarada” Dilma Rousseff não resolva.
Aposição da empresa brasileira foi comunicada ao regulador esta segunda-feira.
A negociação das acções da Portugal Telecom foi hoje suspensa pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), um dia depois da empresária angolana Isabel dos Santos ter apresentado uma oferta de compra da operadora.
A decisão, tomada pelo Conselho Directivo da CMVM, foi anunciada hoje antes da abertura da Bolsa de Valores de Lisboa – a sessão tem início às 08:00 – e visa “permitir aos investidores a análise dos comunicados divulgados ao mercado sobre a sociedade emitente”, explica a entidade em comunicado.
A empresa de Isabel dos Santos, Terra Peregrin – Participações SGPS, anunciou no domingo o lançamento de uma oferta pública geral e voluntária de aquisição sobre a PT SGPS, oferecendo 1,35 euros por acção.
A oferta de compra é sobre a PT SGSP, que está cotada em bolsa e que detém uma participação de 25% da operadora brasileira Oi, além da dívida de quase 900 milhões de euros da Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo (GES).
A Administração da Portugal Telecom SGPS tem oito dias corridos para se pronunciar sobre a oferta, enquanto a Terra Peregrin tem 20 dias corridos para enviar à CMVM o pedido de registo da oferta de aquisição sobre a PT SGPS.
Depois de receber o pedido de registo, a CMVM tem depois oito dias corridos para o conceder ou recusar, prazo que pode ser interrompido se tiver solicitado a prestação de informações complementares.