São verdadeiros artistas do empobrecimento dos países e dos povos. A receita artística é distribuir a riqueza só por alguns, os soberanos. Artistas que até mesmo na República conseguem fazer vingar suas artes como se verdadeiros e cruéis reis sejam.
Por Mário Motta (*)
O ficialmente podem, por exemplo, ser presidentes da dita República, podem ser primeiros-ministros, podem ser ministros e coadjuvantes, podem ser deputados, juízes, banqueiros, grandes empresários, gestores e outros mais dessa cáfila que vulgarmente o povo denomina de “eles”, vampiros, chulos, insaciáveis devoradores, etc..
São esses os artistas. Artistas, como no caso da imagem acima, que adicionam miseráveis sem-abrigo à arte da calçada portuguesa para lhe emprestar elementos de… Humanidade?
Em Portugal, país da calçada e dos miseráveis, também todos os artistas têm nome. Lembro alguns desta tenebrosa actualidade: Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho, Paulo Portas, os seus ministros e outros executantes governativos do bando, Espírito Santo, Mexias, papagaios que debitam as vozes dos donos na Assembleia da República… Tantos. Tantos. Sem esquecer os devoradores do arco do poder e da corrupção.
E assim a calçada portuguesa fica melhor ornada. Está presente também a fome, apesar da objectiva não mostrar por se ter volatilizado nos ares lusos que respiramos. Imagem de valor incalculável. Rica, pela desumanidade. Mais rica de motivos ao acrescentar-lhe o miserável sem-abrigo. Imagem muito mais valorizada em qualquer noite de natal…
Feliz natal? Para quantos? O menino nasceu… Portugal está a morrer. Morre por via da miséria, das injustiças, dos roubos dos devoradores artistas atrás citados e muitos outros mais. Feliz natal? Para quem? Certamente que não para os que já são nesta República ninguém.
(*) Página Global